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EBC: profissionais repudiam indicação de Parola

Jornalistas e radialistas repudiam indicação de Alexandre Parola à presidência da EBC

Pronunciamento do porta voz, Alexandre Parola. Foto: Isac Nóbrega/PROs sindicatos de jornalistas e radialistas do Distrito Federal, de São Paulo e do Rio de Janeiro divulgaram nota de repúdio à indicação do diplomata Alexandre Parola para a presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Atual porta-voz da presidência da República, Parola foi indicado para o cargo pelo golpista Michel Temer (MDB) e não tem nenhuma experiência na área.

Na nota, também assinada pela Comissão de Empregados da EBC, as entidades criticam a “política de asfixia econômica e editorial na comunicação pública” implementada pelo atual presidente da empresa, Laerte Rímoli, alertam para a censura sofrida na redação e ressaltam que a nomeação de Parola “é mais uma ação deste governo ilegítimo de interferência na comunicação pública federal”.

Confira a íntegra:

“Nota de repúdio à indicação de Alexandre Parola para presidência da EBC

Com a nomeação do interventor Laerte Rímoli para EBC, o governo Temer implementou uma política de asfixia econômica e editorial na comunicação pública. A perseguição a jornalistas e radialistas é cada vez maior com aberturas indiscriminada de sindicâncias e sanções administrativas. A censura está instalada dentro dos veículos públicos, com temas que desagradam ao planalto cortados da cobertura da EBC.

Os Sindicatos dos Radialistas do DF, RJ e SP, os Sindicatos dos Jornalistas do DF, RIO e SP e a Comissão de Empregados da EBC repudiam a indicação do diplomata Alexandre Parola por Michel Temer para a presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) noticiada pela imprensa. Parola é o atual porta-voz da presidência da República.

A nomeação é mais uma forma de cassar a autonomia da empresa pública. A indicação fere a Lei das Estatais (13303/16), sancionada pelo próprio Temer, seu regulamento e o Estatuto da EBC. Parola não tem nenhum notório conhecimento na área da comunicação pública, como exigido na legislação, e atuou diretamente na assessoria de comunicação da presidência, entrando em claro conflito de interesse com a administração da EBC, outra vedação legal. 

Esta é mais uma ação deste governo ilegítimo de interferência na comunicação pública federal. Temer e seus asseclas vêm desde 2016 agindo no desmonte da EBC e buscando acabar com a missão legal da empresa pública. Primeiro destituiu seu antigo presidente que detinha uma mandato legal de 4 anos. Depois modificou a legislação e acabou com a participação popular e o controle social na EBC, cassando todo o Conselho Curador e impondo um controle editorial da empresa pelo Palácio do Planalto.

Com a nomeação do interventor Laerte Rímoli para EBC, o governo Temer implementou uma política de asfixia econômica e editorial na comunicação pública. A perseguição a jornalistas e radialistas é cada vez maior com aberturas indiscriminada de sindicâncias e sanções administrativas. A censura está instalada dentro dos veículos públicos, com temas que desagradam ao planalto cortados da cobertura da EBC.

A falta de recursos criou condições insustentáveis de trabalho nas sedes do Rio de Janeiro e no Maranhão. Em Brasília e em São Paulo, a redução do espaço físico das sedes alugadas também afetaram a rotina e a qualidade do trabalho.

Enquanto isso, o Governo Federal continua contingenciando grande parte do orçamento da EBC. Só em 2017, foram quase 50% de cortes na verba de custeio da empresa pública. Entretanto, todos os recursos da Contribuição para o Fomento da Comunicação Pública, prevista em lei, de mais de R$ 4 bilhões, seguem contingenciados ou sob júdice sem nenhuma ação efetiva do poder público.

As entidades representativas dos trabalhadores da EBC exigem que a nomeação do novo presidente da empresa seja feita de forma transparente, ouvindo a sociedade, cumprindo o previsto em Lei, e que a pessoa tenha de fato conhecimentos sólidos sobre a missão da comunicação pública brasileira.

Os Sindicatos seguem em luta pelo restabelecimento dos mecanismos que garantiam a autonomia administrativa e editorial da comunicação pública frente à Presidência da República.

Sindicatos dos Radialistas do Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo
Sindicatos dos Jornalistas do Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo
Comissão de Empregados da EBC”

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