Apesar de alguns sucessos no terreno estritamente militar, os últimos dias reservaram contundentes derrotas de Israel no campo diplomático e judicial. A maior delas: a Corte Internacional de Justiça (CIJ) decidiu, em 19 de julho, que a ocupação israelense da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental é absolutamente ilegal e constitui apartheid, e que os assentamentos israelenses nessas áreas devem ser desmantelados.
Em dura reprimenda considerada “histórica”, a CIJ decretou que se trata, de fato, de uma “anexação” de territórios palestinos, imposta por Israel por meio de “discriminação sistemática, segregação e apartheid”. Embora seja uma deliberação consultiva, a pedido da Assembleia Geral da ONU, ela tem “autoridade e peso legal”, segundo o New York Times. “É improvável que afete a política israelense, mas pode moldar a opinião internacional”.
Além disso, a respeitada organização Anistia Internacional emitiu relatório sobre as terríveis condições em que são mantidos milhares de prisioneiros palestinos em Israel, e pediu o fim dessas detenções ilegais, bem como das torturas e da incomunicabilidade desses prisioneiros.
Até mesmo um dos maiores aliados de Israel se juntou ao coro de manifestações desfavoráveis. A ministra das relações exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, pediu um cessar-fogo e criticou as ações das forças israelenses em Gaza. “Os poucos e absolutamente superlotados lugares declarados como zonas seguras pelo exército israelense estão sendo atingidos repetidas vezes ”, disse ela, conforme relato do Haaretz.
De acordo com números divulgados pelo Ministério da Saúde de Gaza em 18 de julho, mais de 38.800 palestinos foram assassinados por Israel desde 7 de outubro último, e os feridos já somam quase 90 mil.
CIJ considera “ilegal” a ocupação israelense de territórios palestinos e determina que Israel se retire. Em nova derrota judicial, política e diplomática do regime sionista de Tel Aviv, a Corte Internacional de Justiça (CIJ), vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), decidiu que os assentamentos de colonos israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, “e o regime a eles associado, foram estabelecidos e têm sido mantidos em violação do direito internacional”. Assim se manifestou o presidente da CIJ, Nawaf Salam, ao ler as conclusões de um painel de 15 juízes. Leia aqui a matéria publicada pelo jornal israelense Haaretz. Matéria do jornal norte-americano The New York Times está disponível aqui
“Como os assentamentos israelenses estão tomando conta da Cisjordânia enquanto a guerra em Gaza se alastra”. Reportagem da Al Jazeera
“Israel deve acabar com a detenção em massa, tortura e incomunicabilidade de palestinos”, adverte a Anistia Internacional. As autoridades israelenses devem pôr fim à detenção incomunicável de palestinos da Faixa de Gaza, sem acusação ou julgamento, sob o pretexto da “Lei dos Combatentes Ilegais”, em flagrante violação do direito internacional, defendeu a organização Anistia Internacional. A Anistia documentou os casos de 27 ex-detidos palestinos, incluindo cinco mulheres, 21 homens e um menino de 14 anos, detidos por até quatro meses e meio sem acesso a advogados e sem contato com suas famílias, com base na Lei dos Combatentes Ilegais. Todos os entrevistados revelaram que, durante sua detenção incomunicável, que em alguns casos equivalia a desaparecimentos forçados, forças militares, de inteligência e policiais israelenses os submeteram a tortura e outros tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.
A citada lei concede aos militares israelenses poderes abrangentes para deter, sem necessidade de provas, qualquer pessoa de Gaza “suspeita de envolvimento em hostilidades contra Israel ou que represente uma ameaça à segurança do Estado” por períodos indefinidamente renováveis. Confira neste link
Governo israelense diz à Suprema Corte que está transformando centro de detenção de Sde Teiman em presídio de curto prazo com menos prisioneiros palestinos. Após denúncias de torturas e morte de palestinos sob custódia, juízes cobraram explicações e providências. Reportagem do Haaretz disponível aqui
“Ataque letal de drones houthis em Tel Aviv marca nova fase dramática para a guerra desde 7 de outubro”. De acordo com a agência de notícias saudita Al Arabiya, os Houthis do Iémen lançaram um míssil balístico e quatro drones contra Israel. O relatório afirma que as forças dos EUA interceptaram o míssil balístico e três drones, enquanto o quarto explodiu em Tel Aviv. Reportagem do Haaretz
Negociações para acordo avançam, mas Netanyahu continua a tergiversar. Reportagem do Haaretz
Israel atacou cinco escolas em semana de massacres. Confira a reportagem da Al Jazeera
Arábes israelenses protestam contra ataques de Israel a “zonas seguras” de Gaza. Leia a matéria do Haaretz
Israel admite, pela primeira vez, pesadas perdas de tanques infligidas pela resistência de Gaza. Em resposta a uma petição da Suprema Corte, Exército revela danos provocados pelos palestinos. Confira no The Cradle