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DOSSIÊ GENOCÍDIO EM GAZA – Edição de 16 e 17 de maio

Redação - SJSP

Depois de longas semanas de negociações envolvendo vários países, o Hamas aceitou uma trégua para troca de reféns, mas o governo de Benjamin Netanyahu recusou-se a fazer acordo, mostrando que a extrema-direita sionista aposta suas fichas numa “guerra sem fim” ou, como sugere o jornalista ítalo-israelense Gad Lerner, aguarda que a eventual vitória de Donald Trump na eleição presidencial norte-americana salve Israel do isolamento total.

Ao mesmo tempo, as tropas israelenses retornam ao norte de Gaza para combater o Hamas, e dão início ao que parece ser uma vasta operação contra a cidade de Rafah, ao sul, apesar de toda oposição até mesmo de aliados de Israel. Por essa razão, no dia 16 de maio o Tribunal Penal Internacional (CIJ ou Corte de Haia) realizou uma audiência, a pedido da África do Sul, para determinar se Israel está realmente cumprindo as determinações que a CIJ adotou em dezembro de 2023. A audiência da CIJ ocorre depois de a África do Sul haver solicitado, na semana anterior, medidas de emergência adicionais para proteger Rafah.

Em São Paulo, no dia 15 de maio, foi realizada no MASP, na Avenida Paulista, uma vigorosa manifestação em defesa da Palestina Livre e por cessar-fogo imediato. Carregando bandeiras da Palestina, faixas e cartazes contra o genocídio, manifestantes sairam em caminhada pela Avenida Paulista e depois desceram a Avenida da Consolação até a Praça Roosevelt. Diretores do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo participaram da caminhada.

Até o momento, foram assassinados por Israel pelo menos 35.272 palestinos, enquanto o número de feridos ultrapassa 79 mil desde outubro de 2023. Porém, sabe-se que milhares de pessoas estão soterradas sob escombros. Os números são do Ministério de Saúde de Gaza.


África do Sul volta a procurar a CIJ e pede a retirada completa de Israel de Gaza, para impedir novos massacres em Rafah. Na semana anterior, a África do Sul  solicitou à CIJ medidas de emergência adicionais para proteger Rafah. Desta vez, a África do Sul pediu à Corte de Haia que garanta que prestadores de ajuda humanitária tenham acesso a Gaza, e acrescentou que Israel até agora vem ignorando as ordens da CIJ. Matéria do Haaretz disponível aqui.

No dia 10 de maio, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou por ampla maioria (143 votos a favor, com apenas 9 contrários e 25 abstenções) resolução que admite a Palestina como membro pleno da ONU. A resolução representa uma nova derrota diplomática para Israel e seu padrinho, os EUA. A Assembleia Geral irrompeu em grandes aplausos após a votação, relatou o The New York Times. Porém, para que um Estado palestino seja reconhecido como membro de pleno direito num futuro próximo, será necessária autorização do Conselho de Segurança da ONU. O mais provável é que os EUA voltem a exercer seu poder de veto para anular a medida, como fizeram em abril passado.

“À medida que o Hamas regressa ao norte, o fim do jogo de Israel em Gaza não está à vista”. Matéria do jornal Washington Post aponta o fracasso do governo de Benjamin Netanyahu, que havia proclamado vitória sobre o Hamas.

“Família de médico de Gaza que morreu sob custódia israelense exige investigação”. O doutor Adnan Al-Bursh, 53 anos, era pai de seis filhos e chefe do departamento de ortopedia do Hospital Al-Shifa da Cidade de Gaza. No dia 15 de maio, sua esposa, Yasmin, pediu ao Tribunal de Magistrados de Jerusalém que nomeie um juiz para investigar a morte de seu marido. Reportagem do jornal israelense Haaretz disponível aqui.

Assassinato da jornalista palestina Shireen Abu Akleh pelo Exército de Israel completou dois anos. Shireen trabalhava para a Al Jazeera e tinha 51 anos. Embora estivesse perfeitamente identificada como jornalista, foi executada com um tiro na cabeça. Confira postagem no Instagram. Em outubro de 2023, após minuciosa investigação do caso, uma comissão da ONU concluiu que “as forças de segurança israelitas usaram força letal sem justificativa” e que “violaram intencionalmente ou imprudentemente o direito à vida de Shireen Abu Akleh”, segundo publicou à época a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

Imagens chocantes em vídeo publicado no Instagram: depois de barrar um caminhão que transportava ajuda humanitária para os famintos habitantes de Gaza, colonos israelenses destróem pacotes de alimentos.

Estudantes da Virginia Commonwealth University retiraram-se da cerimônia de formatura durante o discurso do governador da Virgínia, em protesto contra o apoio americano à ocupação.
Confira neste vídeo.

Ato na Assembleia Legislativa de SP relembra 76 anos da Nakba e denuncia genocídio na Palestina. Publicação da Fepal disponível aqui.

Protesto contra o genocídio em frente à Hebraica, no Rio de Janeiro, reúne judeus e árabes. Texto de Pedro dos Anjos publicado no Viomundo. Confira também, no Instagram, a postagem de Breno Altman.

ARTIGOS

“Netanyahu chantageia o Ocidente para se manter até a chegada de Trump”. Artigo do jornalista e escritor israelense Gad Lerner, radicado na Itália e publicado originalmente por Il Fatto Quotidiano.

Israel está perdendo”. Após sete meses de genocídio, os EUA foram forçados a rever seu apoio incondicional a Israel, avaliam Layan Fuleihan e L. Mohammed, em artigo publicado em inglês no Peoples Dispatch (confira aqui) em 10 de maio e depois traduzido e publicado pelo Viomundo.

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