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DOSSIÊ GENOCÍDIO EM GAZA – Edição de 12 de abril

O genocídio promovido por Israel desde 7 de outubro de 2023 já fez com que mais de 33 mil palestinas e palestinos fossem assassinados em Gaza, havendo 8 mil desaparecidos nos escombros, e outros 460 assassinados na Cisjordânia. Na sua maioria as vítimas fatais foram crianças, 14.500, e mulheres, 9.500. São mais de 76 mil palestinas e palestinos feridos em Gaza e 4.650 na Cisjordânia. Em Israel o número de pessoas mortas é de 1.139, com 8.730 feridos. Esses dados foram divulgados em 10 de abril pela Al Jazeera, baseando-se nas estatísticas do Ministério da Saúde de Gaza, do Crescente Vermelho e de Israel (forças armadas e agências de seguridade social).

Uma das importantes novidades da semana foi a retirada das tropas de Israel da cidade de Khan Yunis e do sul da Faixa de Gaza. Ao mesmo tempo, apesar da pressão mundial e até de seus aliados da União Europeia e dos EUA, o governo de Benjamin Netanyahu continua a ameaçar uma invasão militar da cidade de Rafah, onde concentram-se cerca de 1,5 milhão de palestinos. Os EUA fazem jogo de cena, Biden chegou a declarar que Netanyahu “está cometendo um erro”, mas prossegue cooperando com o genocídio, ao continuar armando e municiando as forças armadas de Israel (IDF).

A odiosa opressão da população palestina pelo Estado de Israel chegou mais uma vez a um ponto extremo de terror em 8 de abril, quando o funeral do intelectual palestino Walid Daqqa (que morreu na prisão, em decorrência de um câncer, após passar quase quatro décadas encarcerado em Israel), foi truculentamente invadido por militares das IDF e agentes da polícia israelense. O terrorismo de Estado de Israel não respeita sequer o luto dos palestinos por seus entes queridos. A invasão foi registrada em vídeos que circularam amplamente.


Wael Dahdouh: “Os jornalistas de Gaza só conseguem contar uma pequena parte da barbárie”.  O chefe da sucursal da Al Jazeera na Faixa de Gaza, que perdeu parte de sua família nos bombardeios, denuncia, em entrevista a Beatriz Lecumberri, do jornal El País, que Israel está “matando deliberadamente” os jornalistas palestinos, para que parem de documentar a guerra. Quem tiver dificuldade em acessar a matéria original pode consultar o portal do Instituto Humanitas Unisinos (IHU), que publicou versão da entrevista de Dahdouh em português

Jornalista do canal turco TRT World perde o pé após ser ferido em ataque a Nuseirat. Sami Shehadeh teve o pé direito amputado depois de ser ferido nesta sexta-feira, 12, em um ataque israelense a um campo de refugiados no centro de Gaza. Outros jornalistas também ficaram feridos. O diretor-geral do TRT, Zahid Sobaci, denunciou o ataque que feriu os jornalistas do canal, dizendo que ultrapassou todos os “limites morais, legais ou humanitários”. Aqui você assiste à reportagem do próprio TRT sobre o caso

“Números que surpreendem a imaginação: não há como quantificar o sofrimento em Gaza”. De acordo com um relatório realizado com a participação do Banco Mundial, os palestinos da Faixa de Gaza representam 80% de todas as pessoas do mundo que enfrentam fome e fome severa. Além das 14 mil crianças mortas, 17 mil crianças estão órfãs ou sem acompanhamento de adultos. Confira aqui a impactante matéria da jornalista Amira Hass, correspondente do jornal Haaretz nos territórios ocupados

“O que mostram as imagens de satélite da destruição em Gaza após seis meses de guerra”. Reportagem de El País disponível aqui

Mais de 250 ONGs pedem fim à venda de armas a Israel e a grupos palestinos. Nada menos que 252 organizações não governamentais de todo o mundo assinaram um chamamento conjunto a todos os países para que cessem a venda de “armas, componentes e munições” a Israel, assim como a grupos armados palestinos. Entre as signatárias estão Anistia Internacional, Oxfam, Médicos del Mundo, Cáritas. Confira aqui o manifesto

Pelo menos 3 filhos e quatro netos de Ismail Haniyeh, ex-primeiro-ministro de Gaza e líder do Hamas, foram assassinados no dia 10 de abril em ataque aéreo de Israel a um campo de refugiados. “Haniyeh disse à Al Jazeera que os líderes palestinos não recuarão se as suas famílias forem alvo do Exército israelense e que as mortes não afetarão as exigências do Hamas nas negociações de cessar-fogo”. Confira aqui a matéria

“Netanyahu torpedeia a esperança de uma trégua com o Hamas”. O primeiro-ministro insiste em advertir que atacará Rafah, enquanto o grupo palestino exige um cessar-fogo definitivo em Gaza como condição para libertar reféns israelenses. Reportagem da correspondente Trinidad Deiros Bronte, de El País, em versão aberta disponível no pressreader.

“Polícia israelense desmantelou tenda funerária do prisioneiro de longa data Walid Daqqa e deteve pessoas em luto”. No dia 8 de abril, polícia e Exército de Israel atacaram brutalmente parentes e amigos que participavam dos funerais do intelectual palestino Walid Daqqa, que morreu de câncer terminal sob custódia israelense, na véspera. Daqqa, de 62 anos, diagnosticado com câncer de medula óssea em dezembro de 2022, era um escritor e ativista proeminente. Ele passou 38 anos em prisões israelenses. Os agentes israelenses atacaram pessoas em luto que visitavam a casa da família, e removeram uma tenda funerária, prendendo cinco pessoas. A casa da família está localizada em Baqa al-Gharbiya, uma cidade de maioria palestina situada em Israel, perto da Cisjordânia ocupada. O relato da agência The New Arab está disponível aqui. Outro registro impressionante é o vídeo divulgado pela agência Middle East Eye.

Vídeo mostra ataque da resistência palestina e morte de soldados de Israel após emboscada. Publicado pela Al Jazeera e reproduzido por um perfil do Instagram

Universidade da Alemanha cancela oferta de emprego para Nancy Fraser por suas declarações contra o genocídio. A Universidade de Colônia, na Alemanha, retirou a oferta de emprego que havia feito à filósofa judia americana Nancy Fraser porque ela assinou uma carta contra o ataque de Israel a Gaza. A professora Fraser, que leciona na universidade pública norte-americana The New School, em Nova York, descreveu o episódio como “macarthismo filossemítico”, em entrevista ao Jacobin Magazine. “Estou ‘cancelada’ em nome da responsabilidade especial alemã pelo Holocausto. Presumo que a responsabilidade deveria implicar responsabilidade para com os judeus. Mas é claro, ela se reduz às políticas de estado de qualquer governo que esteja governando em Israel”, disse Nancy, conforme publicação de Democracy Now! no Instagram. A Alemanha é o segundo maior fornecedor de armas para Israel.

Susan Sarandon quer cessar-fogo e Palestina livre. “Queremos um cessar-fogo, sim. Mas o nosso objetivo é a libertação da Palestina”, declarou a atriz e ativista Susan Sarandon em um comício contra a guerra em Nova York, no Dia de Al-Quds por Gaza. Confira no Instagram


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