A direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) participou na segunda-feira (17) da manifestação popular que reúniu mais de 65 mil pessoas nas ruas da Capital. A entidade foi levar às ruas a campanha “Violência contra os Jornalistas. Atentado contra a Democracia”, como forma de protestar contra as agressões, intimidações e prisões arbitrárias de jornalistas durante as passeatas.
A entidade foi representada pelos diretores Paulo Zocchi (Jurídico), Márcia Quintanilha (Sindicalização), Lílian Parise (Cultura e Comunicação), Telé Cardim (Ação e Formação Sindical) , Edvaldo Almeida – Ed (Interior e Litoral), Candida Vieira (Finanças) e Fabiana Caramez (adjunta do Interior e Litoral).
O SJSP também divulgou manifesto conjunto com a Fenaj e CUT/SP exigindo a “Apuração rigorosa e punição exemplar aos agressores das liberdades de imprensa e de manifestação” e comunicou os lamentáveis episódios de violência contra jornalistas à Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ).
Feridos e detidos
O SJSP exigiu da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo e de vários órgãos públicos garantias para o trabalho dos jornalistas, assim como providências contra as arbitrariedades que estavam ocorrendo contra os profissionais de imprensa. Nesta quinta-feira (20) convocou os agredidos e feridos para uma reunião no Sindicato com o objetivo de proporcionar-lhes suporte jurídico em eventuais ações individuais e coletivas. O encontro está previsto para as 11 horas.
A entidade também solicitou a libertação do jornalista Pedro Ribeiro Nogueira (Portal Aprendiz) e protestou contra a prisão arbitrária de Piero Locatelli (Carta Capital) e Fernando Borges (Portal Terra).
Além disso, divulgou uma lista com feridos e agredidos pela polícia: Vagner Magalhães (Portal Terra), Fernando Mellis (Portal R7), Gisele Brito (Rede Brasil Atual), Leandro Morais (UOL) e os profissionais da Folha de S. Paulo, Fabio Braga, Marlene Bergamo, Félix Lima, Ana Krepp, Rodrigo Machado e Giuliana Vallone – que levou um tiro de bala de borracha no olho e precisou ser internada no Hospital Sírio Libanês. Já na cobertura pelo jornal Metro, foram agredidos Henrique Beirange e André Américo. O número de vítimas, certamente, deve ser bem maior.
O caso mais grave foi o de Sérgio Silva, da Futura Press, que estava participando da cobertura quando foi atingido também por uma bala de borracha no olho. Familiares disseram que ele corre o risco de perder a visão.
Foto de Márcia Quintanilha – Dirigentes carregam faixa contra a violência na manifestação