A diretoria da FENAJ reúne-se em Brasília neste final de semana para planejar as ações da nova gestão. Na pauta de prioridades estão as lutas pela aprovação da PEC do Diploma, de combate à crescente violência contra jornalistas e por um novo marco regulatório da comunicação no Brasil. Também estarão em debate outras medidas de valorização da profissão, como a luta pelo piso nacional, o respeito à jornada de trabalho e um protocolo de segurança para os jornalistas. Os diretores do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e que também compõem a diretoria executiva da Fenaj participaram da reunião. São eles: Márcia Regina Quintanilha, do Departamento de Relações Institucionais, Paulo Zocchi, do Departamento de Relações Internacionais e Edvaldo de Almeida, Depto. de Mobilização, Negociação Salarial e Direito Autoral.
“Vamos buscar otimizar nossa estrutura sindical e também definir um plano de ações que potencialize as lutas prioritárias dos jornalistas brasileiros”, informa o presidente da Federação, Celso Schröder. As lutas pela aprovação da PEC do Diploma, de combate à violência, de segurança para os jornalistas nas coberturas de risco e por melhores condições de trabalho são consideradas fundamentais para o exercício da profissão. “A ideia é estabelecer ações de curto, médio e longo prazo”, completa Schröder.
Já aprovada no Senado em dois turnos de votação, a PEC do Diploma tramita agora na Comissão de Constituição, de Justiça e da Cidadania da Câmara dos Deputados, com parecer pela admissibilidade do relator, deputado Daniel Almeida (PCdoB/BA). No planejamento a diretoria da FENAJ pretende traçar passos para agilizar a tramitação da matéria na CCJ para sua posterior apreciação no plenário da Câmara.
Em relação à valorização do trabalho dos jornalistas a intenção é fortalecer a organização sindical e a mobilização da categoria. Já existe um projeto na Câmara prevendo a instituição de um piso nacional. Além de buscar ampliar o apoio a esta proposta, a FENAJ pretende estabelecer um protocolo básico nacional a ser negociado com a representação empresarial e complementado com as negociações coletivas em cada estado ou região.
Também quanto à segurança dos jornalistas na cobertura de riscos e o combate à violência contra a categoria, a direção da FENAJ pretende dar maior amplitude às ações. “Temos o projeto que federaliza a investigação de crimes contra jornalistas tramitando na Câmara, já propusemos à SDH [Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República] a criação de um observatório da violência contra profissionais de imprensa e já iniciamos conversas com as empresas para estabelecer medidas concretas”, registra Schröder, considerado que o momento político exige respostas do governo, do Congresso Nacional e das empresas jornalísticas.
No que se refere a questões mais gerais, como a democratização da comunicação, a liberdade de imprensa, relações trabalhistas, direitos humanos e outras lutas democráticas, o objetivo é fortalecer parcerias. “Sem avanços neste campo, o que fica comprometido é o próprio processo democrático brasileiro. Por isso precisamos somar com os movimentos sociais organizados e atores sociais estratégicos para estabelecer uma agenda de lutas comum”, considera o presidente da FENAJ.