O diretor da Regional Campinas do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), Marcos Aparecido Rodrigues Alves, recebeu na última quarta-feira, dia 20 de novembro – data comemorativa da Consciência Negra – o Diploma de Mérito Zumbi dos Palmares. A solenidade foi aberta ao público e realizada no Plenário da Câmara Municipal de Campinas. Diversas personalidades que contribuíram para a difusão da cultura afro-brasileira e contra a discriminação em Campinas receberam o diploma. A iniciativa de homenagear o diretor do SJSP foi do vereador Angelo Barreto (PT). Marcos foi agraciado pelo trabalho do jornal Coletivo de Combate ao Racismo da Central Única dos Trabalhadores de Campinas que luta contra o racismo no local de trabalho.
“Esse reconhecimento público é fundamental para o combate ao racismo. Ele coloca em evidência para sociedade a discriminação que profissionais de cor negra com o mesmo grau de escolaridade sofrem em relação aos de cor branca. Segundo dados recentes do Dieese, na pesquisa “Os negros no mercado de trabalho” a diferença salarial é de 36%. O nosso objetivo é eliminar essa desigualdade no ambiente de trabalho e levar a discussão para o conjunto da sociedade”, argumentou o diretor do SJSP.
A indicação do jornalista Marcos Aparecido Rodrigues Alves para receber o Diploma de Mérito Zumbi dos Palmares foi da Regional do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo e da Coordenação da Subsede Campinas da Central Única dos Trabalhadores (CUT) Estadual/SP. Leia o ofício.
O Diploma:
O dia da Consciência Negra, instituída pelo Movimento Negro do Brasil – e já incorporada ao calendário oficial de muitas cidades brasileiras, como Campinas – faz referência ao aniversário de morte do líder negro Zumbi dos Palmares, no dia 20 de novembro.
Zumbi foi o grande líder do Quilombo dos Palmares, respeitado herói da resistência anti-escravagista. Pesquisas e estudos indicam que nasceu em 1655, sendo descendente de guerreiros angolanos. Em um dos povoados do quilombo, foi capturado quando garoto por soldados e entregue ao padre Antonio Melo, de Porto Calvo. Criado e educado por este padre, o futuro líder do Quilombo dos Palmares já tinha apreciável noção de Português e Latim aos 12 anos, sendo batizado com o nome de Francisco. Padre Antônio Melo escreveu várias cartas a um amigo, exaltando a inteligência de Zumbi (Francisco). Em 1670, com quinze anos, Zumbi fugiu e voltou para o Quilombo. Tornou-se um dos líderes mais famosos de Palmares.
“Zumbi” significa a força do espírito presente. Baluarte da luta negra contra a escravidão, Zumbi foi o último chefe do Quilombo dos Palmares.
SJSP com informações da Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Campinas
Foto: arquivo pessoal
Legenda: Marcos Aparecido Rodrigues Alves
