Para presidente da CUT/SP, não há motivo para a utilização do gatilho. Festa da CUT reuniu 120 mil pessoas
Com um dia repleto de atrações musicais e intervenções políticas, o 1º de maio da CUT São Paulo reuniu cerca de 120 mil pessoas no Vale do Anhangabaú. Nesta tarde, a Central realizou um ato político com autoridades nacionais e estaduais. O tema da inflação e o reconhecimento da política econômica do governo Dilma Rousseff foram a tônica da atividade.
O ministro do Trabalho, Manoel Dias, afirmou que a inflação está controlada. “Na medida em que você estabelece um gatilho, você estimula a inflação. Estamos vivendo um período ímpar da história do país, com acréscimo da criação de empregos e aumento real do salário de 1,7% acima da inflação”, afirmou.
O presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas, se pronunciou sobre o tema alertando a sociedade. “Quem sofre com a inflação é a classe trabalhadora e não os patrões e nós sabemos disso porque os governos anteriores ao Lula causaram inflação durante 500 anos no Brasil. Mas temos que ficar atentos porque existe um discurso conservador que quer gerar um clima inflacionário, para discutir que o governo perdeu o controle da inflação e para usar isso na campanha de
De acordo com o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, “a presidenta Dilma não vai permitir que a inflação corroa o salário dos trabalhadores. É assim que continuaremos construindo. Ressalto que temos que levar em conta que 86% das categorias tiveram aumento acima da inflação”, pontuou.
Para o presidente da CUT São Paulo, Adi dos Santos Lima, não há motivo para a utilização do gatilho, que foi acionado nos anos de 1980 por causa de uma hiper inflação ou inflação descontrolada.
“Não vejo no momento motivo para isso. A CUT espera que o governo controle a inflação para não prejudicar os salários, mas se a inflação disparar, vamos brigar pelo direito da classe trabalhadora”, afirmou.
Segundo Freitas, a proposta da CUT é trabalhar no crescimento, baratear o crédito, fazer crescer o mercado interno, expandir o emprego e a produção, acabar com o superávit primário e valorizar o salário mínimo. “Estamos na luta pela defesa dos trabalhadores e trabalhadoras para construir uma democracia de fato”.
O presidente ressaltou também que a CUT luta por uma alternativa ao Projeto de Lei 4330/2004, do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que amplia a terceirização e precariza o trabalho no Brasil. A regulamentação do direito de negociação do serviço público, segundo a Convenção 151 da OIT, também é tema prioritário da Central.
Quanto à PEC 72 das Domésticas, Manoel Dias afirmou que o Brasil está vivendo a aprovação de um direito que resgata historicamente uma profissão. Sobre as reivindicações do movimento sindical, ele disse que Dilma Rousseff criou uma mesa de negociação para receber as centrais sindicais no dia 14 de maio, em Brasília.
Para o presidente da CUT São Paulo, Adi dos Santos Lima, não há motivo para a utilização do gatilho, que foi acionado nos anos de 1980 por causa de uma hiper inflação ou inflação descontrolada.
“Não vejo no momento motivo para isso. A CUT espera que o governo controle a inflação para não prejudicar os salários, mas se a inflação disparar, vamos brigar pelo direito da classe trabalhadora”, afirmou.
Segundo Freitas, a proposta da CUT é trabalhar no crescimento, baratear o crédito, fazer crescer o mercado interno, expandir o emprego e a produção, acabar com o superávit primário e valorizar o salário mínimo. “Estamos na luta pela defesa dos trabalhadores e trabalhadoras para construir uma democracia de fato”.
O presidente ressaltou também que a CUT luta por uma alternativa ao Projeto de Lei 4330/2004, do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que amplia a terceirização e precariza o trabalho no Brasil. A regulamentação do direito de negociação do serviço público, segundo a Convenção 151 da OIT, também é tema prioritário da Central.
Quanto à PEC 72 das Domésticas, Manoel Dias afirmou que o Brasil está vivendo a aprovação de um direito que resgata historicamente uma profissão. Sobre as reivindicações do movimento sindical, ele disse que Dilma Rousseff criou uma mesa de negociação para receber as centrais sindicais no dia 14 de maio, em Brasília.
“Para os empresários já houve várias benesses, falta agora o apoio à classe trabalhadora. Se o governo não atender a pauta da classe trabalhadora vamos sair às ruas”, reafirmou Vagner Freitas.
Na ocasião, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, anunciou na festa CUT/SP um reajuste de 79,8% aos servidores municipais. Haddad não explicou em quanto tempo esse reajuste será concedido. “Fechamos um acordo com mais de trinta sindicatos”, concluiu.
Conheça os itens da pauta que o governo vai negociar com as centrais sindicais em Brasília
1 – Terceirização – a ideia é construir uma proposta alternativa ao PL da terceirização;
2 – Rotatividade – construção de alternativa para combater a alta rotatividade que precariza o trabalho e é usada pelos empresários para reduzir salários – o trabalhador recém contratado ganha sempre menos do que o antigo que foi demitido.
3 – Informalidade – as centrais e o governo vão discutir uma proposta para aumentar os índices de formalização dos trabalhadores.
4 – Fortalecimento do Sistema Nacional de Intermediação de Mão de Obra (SINE) é outro item que a mesa de negociação vai discutir e buscar solução.
5 – Política de apoio a aposentados – benefícios na área de medicamentos, cultura, lazer etc.
6 – Regulamentação do trabalho doméstico. O Congresso Nacional promulgou a Emenda Constitucional 72/2013, uma garantia de que os trabalhadores domésticos terão direitos como pagamento de horas extras, adicional noturno e FGTS como todas as outras categorias profissionais, mas falta regulamentar. O governo garantiu que as centrais sindicais vão participar de toda a discussão de cada um dos itens da regulamentação.
7 – Participação das centrais sindicais nos conselhos do Pronatec e Pronacampo. Os sindicalistas querem discutir a implementação das políticas.
8 – Regulamentação do direito de negociação do serviço público (Convenção 151 da OIT).
Foto:Ato político reuniu parlamentares, dirigentes sindicais e lideranças de movimentos sociais. Roberto Parizotti
Texto: CUT/SP