O Dia do Jornalista foi instituido pela Associação Brasileira de Imprensa – ABI (fundada em 7 de abril de 1908) em 1931 como homenagem ao jornalista Líbero Badaró que morreu assassinado por inimigos políticos, em São Paulo.
O Dia do Jornalista é também uma homenagem à liberdade de expressão e de imprensa, que são bens essenciais para o pleno funcionamento da Democracia. Nesse sentido, o trabalho dos jornalistas deve ser entendido como parte integrante do sistema de direitos que o Estado tem o dever de proteger.
Infelizmente, a sociedade tem testemunhado uma série de agressões e ameaças aos jornalistas em seu trabalho cotidiano. Quando uma força tenta impedir por meios violentos a livre divulgação da informação, prática censura. Portanto, 7 de abril de 2014 é um dia de comemoração e protesto.
Por ocasião desta data, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo quer deixar registrado o seu repúdio à violência da Polícia Militar que, desde 2013, vitimou mais de 100 profissionais de comunicação. Desde os primeiros casos o SJSP tomou medidas emergenciais para pôr fim à onda de agressões e aos ataques aos jornalistas em pleno exercício da profissão. Até o momento nenhuma medida concreta por parte das autoridades foi tomada e o Sindicato continua exigindo providências que coíbam tais abusos contra repórteres fotográficos e cinematográficos.
Também neste mês os jornalistas relembraram a luta contra a ditadura militar da qual tiverem grande contribuição. Muitos foram mortos – como o jornalista Vladimir Herzog, Luis Eduardo da Rocha Merlino, Joaquim Câmara Ferreira, entre outros que foram perseguidos, torturados e presos na luta pelas liberdades democráticas. Com o assassinato de Vlado iniciou um importante movimento político pela sociedade civil para superar o autoritarismo que amordaçava a nação. O momento atual é de desvendar este triste período da história, papel que cabe a Comissão da Verdade, e de fazer justiça às vítimas da ditadura.
Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo