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Dia 19, Mouzar Benedito conta causos da imprensa alternativa durante a ditadura

Norian Segatto

Mouzar Benedito tem muita história para contar. Ou causo, como sua mineirice pede. Certa ocasião, em um boteco, ele me contou sobre sua experiência com a imprensa feminina alternativa nos anos 70. “Acompanhei a fundação do jornal Nós Mulheres e colaborei no Brasil Mulher e no Mulherio”, me contava, dando uma talagada em uma boa cachaça acompanhada de uma cerveja em um copo americano.

O Brasil Mulher surgiu na luta pela anistia, “o Nós Mulheres”, continuou, “tinha uma ótima equipe, mas diferente do Brasil Mulher era mais ‘sexista’, boa parte das suas militantes era da classe média alta”.

“Quando os presos políticos começaram a ser libertados, uma ex-detenta política do Rio de Janeiro veio conhecer a equipe do jornal Brasil Mulher, fizemos uma reunião geral, num sábado de manhã. Antes do começo da reunião, eu conversava normalmente e ela me olhava com curiosidade. Quando sentamos para começar a reunião, ela me perguntou: Você é o Mouzar Benedito, o cara que faz parte da equipe do jornal?. Respondi que sim e ela completou: Pensei que o tal homem feminista era um veado…”

A luta contra a ditadura militar foi árdua (ainda é) e deu origem a diversas publicações alternativas como os jornais Versus, Movimento, Mulherio, Lampião e o mais famoso deles, o Pasquim, entre tantos outros. Essa resistência política gerou também, situações inusitadas, perrengues que hoje podemos ver com bom humor e relembrar entre risos.

Somos humanos, fazemos besteiras, algumas são trágicas, outras entram para o anedotário da esquerda. São alguns desses causos que Mouzar Benedito, experiente jornalista e escritor, com mais de 40 livros lançados, irá contar no dia 19 de fevereiro, no auditório do Sindicato dos Jornalistas.

Dia 19 é quarta-feira, e o bate papo começa às 19h30. Se você tem algum causo interessante, que presenciou ou alguém te contou, venha compartilhar conosco, a memória da resistência também é feita com bom humor.

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