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Demissões na Imprensa Oficial: audiência de conciliação termina sem acordo

Demissões na Imprensa Oficial: audiência de conciliação termina sem acordo


Empresa tem até 2 de maio para responder a proposta conciliatória apresenta pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2º Região 


Terminou sem acordo a audiência de conciliação ocorrida na última segunda-feira (17) entre a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e os sindicatos dos sete jornalistas e 12 gráficos demitidos pela empresa no último 31 de março. 

No dissídio, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas, Comunicações e Serviços Gráficos de São Paulo e Região lutam pela reintegração dos 19 empregados, todos concursados e há 18 anos na empresa, mas a suspensão das demissões e a abertura de negociações não foram aceitas pela Imprensa Oficial. 

O vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT2-SP), desembargador Carlos Roberto Husek, conjuntamente com o Ministério Público do Trabalho, apresentaram como proposta conciliatória o pagamento de dois salários nominais a cada um dos demitidos. A Imprensa Oficial tem até o próximo dia 2 para se manifestar sobre a proposta e os trabalhadores até 8 de maio. O próximo julgamento ainda não tem data definida. 

A liminar do TRT2-SP suspendendo novas demissões sem justa causa pela Imprensa Oficial também foi prorrogada até 8 de maio, sob a pena de multa de R$ 15 mil por trabalhador dispensado.

Desrespeito e sucateamento 

No julgamento, acompanhado pela maioria dos jornalistas e gráficos demitidos, a direção da Imprensa Oficial alegou ter a prerrogativa de demitir e que era “deficitário” o serviço de clipping de notícias dos órgãos públicos e autarquias do governo estadual realizado pelos trabalhadores. 

Na avaliação de Paulo Zocchi, presidente do SJSP, as demissões na Imprensa Oficial seguem a linha de desmonte e sucateamento dos serviços públicos pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), a exemplo do que ocorre em outras áreas da gestão estadual. 

“A empresa é lucrativa e o serviço é relevante. A Imprensa Oficial é uma empresa pública e a demissão em massa ocorreu sem qualquer diálogo com os sindicatos que representam os trabalhadores”, critica o dirigente. 

Os jornalistas e gráficos da equipe responsável pelo clipping cumpriam jornada das 23h às 6h e, após quase 20 anos dedicados à Imprensa Oficial, tiveram a demissão comunicada num auditório, em reunião convocada fora do horário de trabalho. Na ocasião, a direção da empresa impediu que a reunião fosse acompanhada por Ana Minadeo, diretora do SJSP e jornalista na Imprensa Oficial.

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Escrito por: Flaviana Serafim – Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo

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