Líder do MTST tentava negociar com a PM de Alckmin o adiamento de ação de despejo por não haver desfecho favorável às 700 famílias da ocupação
A CUT São Paulo repudia com veemência a ação policial ocorrida na manhã desta terça-feira (17) contra o companheiro e líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Guilherme Boulos, que foi detido enquanto resistia a reintegração de posse de 700 famílias da ocupação Colonial, em São Mateus, zona leste de São Paulo.
O líder do movimento tentava negociar com a Polícia Militar o adiamento da ação de despejo por considerar que não havia desfecho favorável às famílias da ocupação, que totaliza mais de 3 mil pessoas. Para a PM, houve “desobediência”, versão refutada pelas pessoas que acompanham a ação.
Mais uma vez, a Polícia Militar de Geraldo Alckmin (PSDB), que agora tem ao seu lado o prefeito e também tucano João Dória, mostra despreparo no trato à população numa clara demonstração de violência e desprezo a ela.
A prisão arbitrária de Boulos reforça também a política de repressão que os governos alinhados ao golpe fazem com os movimentos sociais e sindical. Essa criminalização aos movimentos e a perseguição às lideranças que lutam pela democracia ficam claras quando o próprio líder do MTST disse que, durante a prisão, a PM citou sua participação em ato em frente a casa de Michel Temer, conforme divulgou o jornal Folha de S.Paulo.
A CUT São Paulo presta solidariedade ao companheiro Boulous e a todos os integrantes do MTST e convoca a militância a se unir nessa luta contra o ódio, o fascismo e a repressão que têm tomado conta do Estado. Lutar não é crime!
Escrito por: Douglas Izzo (Presidente CUT-SP)
Arte: SECOM CUT-SP