O dia nacional de mobilizações, paralisações e greve em defesa da educação, saúde, direitos, democracia e serviço público e contra as privatizações marcado para esta quarta-feira (18) pela CUT, demais centrais e movimentos sociais foi cancelado por causa da pandemia do coronavírus (Covid-19). Mas estão mantidas as greves na educação e em parte do serviço público.
As entidades convocaram um barulhaço para às 20h30 desta quarta para garantir que, mesmo em quarentena, isolamento voluntário ou obrigatório todos possam participar dos protestos. Ontem mesmo muitos brasileiros decidiram iniciar os protestos com panelaços contra os desmandos do governo de Jair Bolsonaro e em vários pontos do país ouviu-se o grito de “fora, Bolsonaro”.
Participe da mobilização nas redes. Use a hashtag #GrevePorEducaçãoESaúde.
Na cidade de São Paulo, os servidores estão recebendo orientação do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município (Sindsep) para ficar em casa. Com exceção dos servidores de saúde, mobilizados para o atendimento à população por conta do avanço do coronavírus.
As organizações do campo progressista também vão reforçar as ações nas redes sociais para marcar a data, que inicialmente previa manifestações de rua, canceladas em função da crise de saúde.
“Participe das ações em redes sociais divulgando as pautas que defendemos como democracia e direitos trabalhistas e sociais. Diga NÃO à Emenda Constitucional 95, que barra investimentos no SUS e na saúde pública, na educação e em áreas importantes para nossas vidas”, afirmam os movimentos que organizam o #GrevePorEducaçãoEsaúde.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) também realiza greves em diversos estados nesta quarta. Sindicatos filiados, trabalhadores em educação, estudantes, pais e mães, são convocados a se unir à mobilização virtual “contra as desmedidas do atual governo, que atentam contra o patrimônio e os serviços públicos do Brasil, entre os quais, a educação pública”.
Fundeb
A CNTE, a primeira entidade a convocar greve, está mobilizando a categoria de trabalhadores públicos na área de educação para aprovar o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), em caráter permanente e com mais recursos para a educação. “No dia 18 de março, precisamos chamar a atenção da sociedade e das representações políticas federais para a necessidade de aprovar a Proposta de Emenda Constitucional nº 15/2015, que visa instituir o novo Fundeb em patamares compatíveis com as necessidades dos entes subnacionais”, afirma a entidade.
O Fundeb, aprovado pela Emenda Constitucional 53/2006, expira este ano. Caso não seja renovado, mais de 3.500 municípios do país sofrerão retrocessos no financiamento da educação, comprometendo o atendimento escolar de milhares de estudantes, alerta a confederação.
Com informações da RBA.