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Correspondentes estrangeiros despejados por Alckmin

Correspondentes estrangeiros despejados por Alckmin


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O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) repudia a ação do governo Alckmin, que na última terça-feira (15) despejou a Associação dos Correspondentes Estrangeiros de São Paulo (ACE-SP), presidida pela jornalista holandesa Stijntje Blankendaal. A entidade mantinha uma sala cedida pelo Estado no prédio da Defensoria Pública, na rua Boa Vista, 150, no centro da capital paulista e foi despejada sob alegação de corte de gastos.

Para o presidente do Sindicato, Paulo Zocchi, esse tipo de movimento representa um retrocesso. “Ainda mais quando uma das principais propostas da associação é a criação de um Centro de Imprensa Internacional em São Paulo, que proporcionaria ao jornalista estrangeiro maior facilidade para exercer suas atividades”, disse.

Em nota, Stijntje Blankendaal disse que a direção da associação negociava com o governo do Estado para manter a sede no local ou para ser transferido para outra sala, quando foi informada que tinha até o dia 15 setembro para desocupar o local. Ela também conta que recebeu em agosto uma notificação de despejo de 30 dias, que segundo a presidenta não foi respeitada e uma conta no valor de quase R$ 10 mil para liberar a sala. A entidade protestou contra a forma com que o caso foi tratado e informou que está à procura de um novo local.

Veja abaixo a íntegra do relato  de Stijntje Blankendaal:

“Enquanto funcionários do Governo e a diretoria da ACE ainda negociavam a forma de preservar esse espaço ou a transferência para uma outra sala disponível, fomos informados, na 2ª.feira, 14 de setembro, para deixar a sala até o dia 15, 3ª.feira. De uma hora para outra ficamos na rua e sem nenhuma margem para conversar. Tivemos que sair às pressas, tirando da sala os objetos de valor.

No final de agosto recebemos uma carta de desocupação em 30 dias, e uma cobrança de quase dez mil reais, usada para pressionar a nossa saída. A última informação que tivemos foi que não havia necessidade de pressa. Mas nem o prazo de 30 dias previsto na carta foi respeitado.

O despejo acaba com uma importante iniciativa que vinha sendo conversada há anos entre a ACE e o Governo do Estado, para que São Paulo conte com um Centro de Imprensa Internacional, nos moldes dos que existem em importantes cidades pelo mundo, aproveitando uma das tantas salas que o Governo tem sem uso, como era o caso da sala na rua Boa Vista. A ACE está à procura de um novo espaço.

Deixamos aqui registrado o nosso protesto, pela forma desrespeitosa com que fomos tratados.”

 

Legenda: Jornalistas na sala mantida anteriormente pela Associação dos Correspondentes Estrangeiros

Foto: ACE

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