Vem luta pela frente para jornalistas de jornais e revistas do interior. Afinal, são dois longos anos sem piso salarial, com perda de conquistas históricas e defasagem nos salários de maneira crescente. A volta da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com recomposição econômica é imprescindível para se fazer justiça a uma categoria que amargou tantos prejuízos, até durante a pandemia de Covid 19, trabalhando, sofrendo e perdendo direitos.
A segunda mesa de negociação para a CCT está marcada para dia 27 de março, quando o Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas no Estado de São Paulo (SindJori) deverá apresentar sua posição sobre as reivindicações apresentadas pelo Sindicato dos Jornalistas (SJSP).
A primeira mesa aconteceu em 11 de março, de forma virtual, após muitos meses de uma intransigência patronal desumana, que impediu a renovação da convenção coletiva desde maio de 2022. Na reunião, representantes do SindJori afirmaram que as pautas das datas-bases não negociadas foram encaminhadas a todas as empresas e estas devem se reunir em assembleia antes do dia 27 para formalizarem a proposta patronal.
O Sindicato dos Jornalistas, que travou uma luta sem trégua na defesa das e dos jornalistas nestes dois anos sem convenção, insistiu na mesa pela urgência de uma CCT com recomposição salarial.
Reivindicações
Só as inflações apuradas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) nos períodos correspondentes às datas-bases não negociadas já mostram como a defasagem é grande:
◼️ 11,90% no período 1º de junho de 2021 a 31 de maio de 2022;
◼️ 3,74% no período de 1º de junho de 2022 a 31 de maio de 2023
As pautas das datas-bases de 2022 e 2023 reivindicam, além da recomposição da inflação de forma retroativa e 3% de aumento real, a diminuição na defasagem dos vales alimentação e refeição, que é enorme. Quanto às empresas que reajustaram salários no período sem CCT, a proposta é de que o índice de reajuste pago seja abatido do percentual firmado na convenção a ser assinada com o SindJori.
Queremos a CCT
Com data-base em 1º de junho, a última CCT foi assinada em setembro de 2021. Sem renovação, jornalistas que atuam no segmento ficaram sem piso salarial e sem a garantia de vários direitos econômicos e sociais. A CCT é urgente e fundamental para a retomada de direitos.
Mobilização começa agora
Vamos nos mobilizar construindo uma assembleia geral, com colegas de redações de todo o estado. O Sindicato fará o chamamento e a categoria deve se preparar para participar. Sem luta não há conquista!
Campanha Salarial Nacional Unificada
A campanha salarial de jornais e revistas do interior que se inicia integrará a Campanha Salarial Nacional Unificada, coordenada pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). É uma forma de unir forças, impulsionar a resistência dos jornalistas e ampliar sua capacidade de conquista. Juntas(os), nacionalmente, seremos mais fortes!
O tema da Unificada é “Quem defende o Jornalismo, valoriza as e os Jornalistas!” É isso aí: sem jornalista, não tem Jornalismo!
SINDICALIZE-SE!
Pela legítima defesa de nossa categoria, pela sustentação do nosso Sindicato, pela luta das e dos jornalistas do estado de São Paulo!