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Conselheira da EBC relata perseguição para CNDH

Conselheira da EBC relata perseguição para CNDH

A perseguição política e o assédio moral que impregnaram a gestão da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) foram relatados pela representante dos funcionários no Conselho de Administração (Consad), a jornalista Kariane Costa, nesta sexta-feira (16) em reunião do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH).

Na reunião, Kariane relatou o processo administrativo do qual é alvo, que concluiu pela demissão por justa causa da conselheira, após ela pedir, via Ouvidoria da EBC, a apuração de denúncias de assédio moral e perseguição por parte de gestores da empresa.

No decorrer do processo de sindicância aberto para apurar o caso, Kariane passou de denunciante a investigada por calúnia e difamação, sendo informada de tal mudança apenas em julho deste ano, no momento em que deveria apresentar sua defesa, num prazo de 10 dias, a um processo de quase mil páginas. Durante os dois depoimentos que prestou no processo, Kariane não foi informada que estava sendo investigada e falou como testemunha. 

No dia 9 de setembro, os trabalhadores da EBC nas praças de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro fizeram atos em defesa da conselheira e lembraram que o Tribunal Regional do Trabalho da 10° Região condenou a EBC em março a pagar uma multa de R$200 mil por assédio moral coletivo. A notícia da perseguição a Kariane foi divulgada em sites como Metrópoles, Sinait e Congresso em Foco. Ela também recebeu apoio, via Twitter, de políticos como as deputadas Sâmia Bomfim, Erika Kokay e Talíria Petrone, e os senadores Paulo Paim, Jean Paul Prates e Randolfe Rodrigues, além da pesquisadora Debora Diniz.

O senador Humberto Costa, como presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, enviou ofício pedindo apuração do caso para o Procurador-Geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira; o Defensor Público-Geral Federal, Daniel de Macedo Alves Pereira; e para o Subprocurador-Geral da República dos Direitos do Cidadão, Carlos Alberto Vilhena. Kariane também foi convidada a participar, na próxima semana, de Audiência Pública na Comissão do Trabalho, Administração e Serviço Público, da Câmara dos Deputados, sobre assédio moral no mundo do trabalho.

A perseguição da EBC é nítida. Mas Kariane Costa não está sozinha! A demissão infundada da jornalista é ilegal! Se for efetivada, teremos a prova de que na empresa de comunicação pública sob o governo Bolsonaro, perguntar ofende.

Comissão de Empregados da EBC

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