Votação, que segue até dia 19, começou no Valor Econômico. Nos próximos dias, o pleito ocorre na editora Globo, Folhas de S.Paulo, Caras e Abril, entre outras redações. Confira o calendário.
O plebiscito da Campanha Salarial de Jornais e Revistas da Capital 2017-2018 começou na tarde desta quinta-feira (13) no Valor Econômico. Na votação, que segue até 19 de julho, os jornalistas decidem se aceitam a contraproposta patronal ou se as negociações prosseguem.
Nos próximos dias, o pleito ocorre nos jornais Folha de S.Paulo e o Globo, e nas editoras Abril, Caras, Globo e Globo Condé Nast.
O plebiscito ocorre nas empresas, com urna aberta a todos os jornalistas da capital, e também na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), na Rua Rego Freitas nº 530, sobreloja, no centro paulistano.
O Sindicato ainda aguarda a confirmação de outras empresas de jornais e revistas autorizando o pleito nas demais redações da capital, entre as quais Bloomberg e Diário de S.Paulo.
Confira a agenda de votação do plebiscito na capital:
13/07 (quinta-feira)
14h às 18h – Valor Econômico
14/07 (sexta-feira)
14h às 18h – Editora Globo/Globo Condé Nast
17/07 (segunda-feira)
13h às 17h – Folha de S.Paulo
18/07 (terça-feira)
10h30 às 11h – Dedoc Abril
12h às 15h – Caras
14h15 às 18h – Abril
15h30 às 17h – O Globo
19/07 (quarta-feira)
14h às 18h – O Estado de S.Paulo
Proposta em votação
Depois de cinco rodadas de negociação em dois meses, a contraproposta apresentada pelos empresários para decisão dos jornalistas é a seguinte:
1- Reajuste de 3,5% nos salários e de 3,35% (inflação) nos demais itens da pauta econômica, como o auxílio-creche;
2- Correção de 3,82% no piso para jornada diária de 5h, de R$ 2.986,00 para R$ 3.100,00;
3- Vale-refeição: de R$ 11,90 para R$ 12,50 nas empresas com até 20 jornalistas, de R$ R$ 17,80 para R$ 18,50 nas empresas com mais de 20 jornalistas e mudança na faixa salarial para desconto de até 20%, de R$ 5 mil para R$ 5.200,00;
4- Manutenção das cláusulas sociais vigentes na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), com a exceção da licença-maternidade para adotante, reformulada para incluir o pai adotante.
Quando as negociações começaram, em junho passado, os jornalistas reivindicaram reajuste de salários e benefícios pela inflação de 3,35% (INPC) e mais 2,5% de aumento real para recomposição das perdas, pois, além de parcelado, em 2016 o reajuste foi de 8,16% para uma inflação de 9,82%.
Os empresários afirmaram, inicialmente, que, devido à crise econômica, só poderiam reajustar os salários pela inflação. Após consulta em assembleias reuniões no mês passado, a categoria decidiu não aceitar a proposta patronal e os jornalistas seguiram insistindo num reajuste maior que a reposição dos 3,35% do INPC.
Desde que as negociações começaram, o Sindicato dos Jornalistas conseguiu que as empresas estendessem a CCT nos meses de junho e julho, enquanto ocorrem as rodadas da campanha. A medida é importante porque, devido a uma decisão do ministro Gilmar Mendes (STF), a ultratividade, ou seja, a vigência das cláusulas enquanto um novo acordo é negociado, não é mais garantida aos trabalhadores, o que expõe a Convenção Coletiva a riscos.
Na opinião dos dirigentes do SJSP, diante deste cenário, a categoria pode aprovar a contraproposta patronal, preservando a Convenção Coletiva e sem perdas econômicas desta vez. Porém, a recuperação da perda de 1,56% sofrida nos salários em 2016 fica postergada.
Caso a decisão dos jornalistas seja rejeitar a contraproposta dos empresários, as negociações prosseguem lutando pelo aumento real e pela reposição das perdas ainda na Campanha Salarial 2017-2018
Escrito por: Flaviana Serafim – Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo