Logo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo
Logo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
Logo da Federação Internacional de Jornalistas
Logo da Central Única dos Trabalhadores
Logo da Federação Nacional de Jornalistas

Combate e fiscalização à “pejotização” – a opinião do SJSP

Combate e fiscalização à “pejotização” - a opinião do SJSP


Durante décadas, a profissão de jornalista ficou abandonada à própria sorte. Apesar de regulamentada em lei desde 1969, nunca existiu uma entidade fiscalizadora, a exemplo da OAB ou dos conselhos profissionais, que garanta o cumprimento da lei, cabendo ao Sindicato a denúncia e a pressão para solucionar o problema.

Esta falta de fiscalização beneficiou por anos as empresas que, assim, criaram e impuseram à categoria a figura do “PJ”, tentando criar a ilusão de que esta prática seria uma consequência da modernização das relações de trabalho.

Após anos de pressão do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e de ações judiciais, o Ministério Público do Trabalho passou a agir de forma rigorosa e, por sua vez, solicitou com maior rigor ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) a fiscalização e a autuação das empresas de comunicação que mais contratam irregularmente profissionais por intermédio de emissão de notas fiscais, o chamado “PJ”, o que na interpretação da Justiça do Trabalho caracteriza fraude à legislação trabalhista.

É preciso esclarecer que o PJ não recolhe FGTS, o que prejudica fortemente sua aposentadoria, além de não contar com férias remuneradas, 13º salário e, quando “demitido”, não recebe as verbas rescisórias.

Como se já não bastassem esses problemas, o jornalista ainda arca com os custos, impostos da “manutenção da sua empresa” e do contador.

Em décadas, nunca a fiscalização do Ministério do Trabalho mostrou tamanha eficácia e fez com que as empresas de comunicação tivessem que regularizar a situação profissional desses trabalhadores.

Recentemente, empresas como o Diário do Comércio, Editora Abril, Editora Três, TV Record, TV Cultura, entre outras, foram obrigadas a registrar em carteira seus jornalistas, visando eliminar a figura dos PJs nas redações.

Na verdade, tanto o poder público como a entidade sindical não fazem mais do que a sua obrigação de exigir que as empresas cumpram a lei. Não é possível que uma irregularidade que se arrasta há tantos anos não seja considerada uma anomalia, inclusive pelos jornalistas.

É um dos objetivos do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) o combate à “pejotização”. É um processo moroso, mas que precisa ser feito. O Sindicato continuará empenhado em combater este tipo de irregularidade.

A direção do SJSP

veja também

relacionadas

mais lidas

Pular para o conteúdo