O Cineclube Vladimir Herzog exibe, no dia 18 de fevereiro, terça-feira, às 19h, “Paraíso Perdido” (2018 – 110m), dirigido por Monique Gardenberg, esse é o seu quarto longa. Paraíso Perdido é o nome da casa noturna comandada por José (Erasmo Carlos), seu filho Ângelo (Júlio Andrade), os netos Ímã (Jaloo) e Celeste (Júlia Konrad) e um amigo, Teylor (Seu Jorge), todos cantores. A história traz também o policial Odair (Lee Taylor), contratado por José, para fazer a segurança de Ímã, alvo frequente de ataques homofóbicos; entre outros componentes da trama.
O repertório “anos 1970” da casa compõe a trilha sonora do filme organizada por Zeca Baleiro e pela própria Monique, com sucessos de artistas da música brega como, Odair José, Evaldo Gouvêia, Márcio Greyk, José Augusto, Reginaldo Rossi, Waldick Soriano, Paulo Sérgio, além de músicas de Belchior, Roberto Carlos e outros. Mas diferente dos temas comuns a essas músicas, as canções do filme pontuam uma trama moderna, na qual as novas sexualidades são aceitas com imensa naturalidade.
Diretora de shows e DVDs de nomes como Caetano Veloso, Marina Lima, Roberto Carlos e Ana Carolina; Monique Gardenberg, apoiada pela fotografia de Pedro Farkas, cria o clima romântico da casa noturna, com as diversas gerações da família de artistas resistindo à homofobia, à violência doméstica e ao racismo.
Com o elenco formado por Erasmo Carlos, Marjorie Estiano, Julio Andrade, Hermila Guedes, Seu Jorge, Jaloo, Humberto Carrão, Lee Taylor, Celso Frateschi, Nicole Puzzi, Malu Galli, Julia Konrad, Felipe Abib e Eli Marienthal, “Paraíso Perdido” levou o Prêmio da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) de Interpretação Coletiva.
Monique Gardenberg é cineasta, diretora teatral e produtora cultural, já dirigiu quatro longas (“Paraíso Perdido”, “Ó paí, ó”, “Benjamim” e “Jenipapo”) e três curtas (“Diário Noturno”, “Day 67” e “Insônia”). Também dirigiu videoclipes, como o “Não Enche”, com Caetano Veloso com quem realizou também dois espetáculos filmados – “Caballero da Fina Estampa” e “Prenda Minha”, ambos lançados em DVD.
Cineclube Vladimir Herzog
O Cineclube Vladimir Herzog é uma iniciativa do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo (SJSP), do Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (SASP) e tem o apoio de militantes cineclubistas do cineclube Baixo Augusta. A proposta é resgatar espaço importantíssimo na resistência à ditadura e na luta pela redemocratização do país. Naquele tempo, filmes como “O Homem que Virou Suco”, de João Batista de Andrade, chegaram a um imenso público a partir das sessões realizadas por este cineclube. As sessões são sempre nas últimas terças-feiras de cada mês, seguidas por debates com realizadores dos filmes e/ou convidados. Para mais informações, visite nosso blog e nossas páginas nas redes sociais.
Data: 18 de fevereiro (terça-feira), às 19h.
Local: Rua Rêgo Freitas, 530, Sobreloja, República, São Paulo, SP (Sindicato dos Jornalistas de São Paulo)
Exibição gratuita.
