Expectativa é pela resposta dos patrões à contraproposta dos jornalistas
A bancada dos jornalistas e dos patrões se reúne na tarde desta quinta-feira (12) para a terceira rodada de negociações da Campanha Salarial de Rádio e TV 2016-2017, iniciada em dezembro passado. A expectativa é pela resposta dos empresários quanto à contraproposta apresentada pelos profissionais no último dia 15 de dezembro.
A reivindicação dos jornalistas de rádio e TV é de reajuste de 21,52% nos salários e benefícios econômicos, índice correspondente aos dois últimos anos, sendo:
– 10,94% retroativos à Campanha Salarial 2015-2016, ainda em aberto devido ao dissídio com os patrões. O índice é o mesmo definido pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP), em audiência ocorrida no último 5 de outubro;
– 9,54% da Campanha Salarial 2016-2017, dos quais 7,39% de reposição da inflação do último ano e mais 2% de aumento real porque aumentou tempo de jornalismo na programação das emissoras, mas as demissões enxugaram as redações e, com isso, cresceu a produtividade dos jornalistas.
Quase 500 profissionais participaram das assembleias, realizadas entre os dias 9 e 14 de dezembro, que votaram a aprovaram a contraproposta entregue aos empresários pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP).
Nas assembleias, ficou claro o descontentamento da categoria por estar há dois anos sem qualquer reajuste devido à intransigência patronal, o que levou, inclusive, à realização de um protesto, em 14 de dezembro, reunindo cerca de 50 trabalhadores da Rede Globo em frente à emissora, na zona sul paulistana.
Durante a segunda rodada de negociações, em 15 de dezembro, a bancada patronal afirmou que as empresas não pretendem apresentar nenhuma “mudança radical” em relação à rodada anterior, na qual se limitaram a propor um reajuste de apenas 12,89% para os dois anos, sendo 6% referentes à data base atual e outros 6% ao ano passado, com assinatura de uma Convenção Coletiva única. A inflação acumulada desde 2014 chega a 19,17% e, por isso, a proposta foi rechaçada pelos jornalistas.
Escrito por: Redação – Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo