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Campanha Salarial de Rádio e TV: Empresários avaliam contraproposta

Campanha Salarial de Rádio e TV: Empresários avaliam contraproposta


Jornalistas estão há dois anos sem reajuste e perdas chegam a 19,17%

A segunda rodada de negociação da Campanha Salarial de Rádio e TV 2016-2017 ocorreu na manhã desta quinta-feira (15) com a apresentação da decisão das várias assembleias da categoria à contraproposta patronal.

 

A maioria dos jornalistas votou contra a proposta dos empresários e aprovou a contraproposta do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo (SJSP), reforçando a reivindicação de 21,52% de reajuste nos salários e benefícios econômicos para correção de dois anos, sendo:
– 10,94% retroativos à Campanha Salarial 2015-2016 (1/12/2015), ainda em aberto devido ao dissídio com os patrões. O índice é o mesmo definido pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP), em audiência no último dia 5 de outubro;
– 9,54% da Campanha Salarial 2016-2017, dos quais 7,39% de reposição da inflação do último ano e mais 2% de aumento real porque aumentou  tempo de jornalismo programação das emissoras, mas as demissões enxugaram as redações e, com isso, cresceu a produtividade dos jornalistas.

Para abono ou Participação nos Lucros e Resultados (PLR), a proposta aprovada é a seguinte:
– para fundações até 25 jornalistas: 56% do salários (até R$ 2.824,33);
– para fundações com mais de 25 jornalistas: 66% do salário (até 5.279,23);
– PLR para empresas até 25 jornalistas: 60% do salários (até R$ 2.824,33);
– PLR para empresas de 26 a 45 jornalistas: 68% do salário (até 4.611,88);
– PLR para empresas de 46 a 85 jornalistas: 72% do salário (até R$ 5.279,23);
– PLR para empresas com mais de 85 jornalistas: 90% do salário (até R$ 17.410,74).

Durante a rodada, a bancada dos jornalistas apresentou, ainda, cláusulas prioritárias para a nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), entre as quais o controle de jornada e sistema de compensação de horas; vale refeição para 26 dias do mês e garantido também aos trabalhadores afastados ou em férias; obrigação do fornecimento de equipamentos de segurança e adicional de 30% para os profissionais que trabalham em motolink.

A contraproposta apresentada pelo Sindicato foi votada pelos jornalistas de Rádio e TV em dezenas de assembleias realizadas em todo o estado de São Paulo, com participação de quase 500 profissionais entre o 9 e 14 de dezembro (confira o quadro de votação).

A bancado do SJSP também ressaltou aos empresários o descontentamento da categoria, principalmente pelos dois anos sem reajuste de salários e benefícios devido à intransigência patronal. Um dia antes, na quarta-feira (14), cerca de 50 jornalistas da Rede Globo realizaram um protesto para reivindicar o reajuste e, com faixas e cartazes, deram um abraço solidário na frente da emissora, na zona sul da capital.

Sem “mudança radical”

Após a apresentação da pauta de reivindicações aprovada pelos jornalistas, os empresários afirmaram que os itens serão levados para uma avaliação mais aprofundada em assembleia patronal.

Porém, as empresas sinalizaram que não pretendem apresentar nenhuma “mudança radical” em relação à contraproposta apresentada na reunião anterior, no último dia 8, quando propuseram assinatura de uma Convenção Coletiva única, válida por dois anos (dezembro de 2015 a novembro de 2017), com reajuste de salários e das cláusulas econômicas em apenas 12,89% – contra uma inflação de 19,17% acumulada desde 2014-, sendo 6% referentes ao ano passado e 6,5% à data base atual.

Quanto às cláusulas sociais, na negociação anterior os empresários disseram que não aceitariam alterações ou inclusões na CCT, mas na reunião desta quinta-feira afirmaram que os pontos podem ser analisados separadamente. Especificamente no item relativo aos equipamentos de segurança, os patrões afirmaram que a questão precisa ser discutida com o intuito de buscar prevenção e conscientização.

A terceira rodada de negociações ocorre no próximo dia 12 de janeiro (quinta-feira), no Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no Estado de São Paulo.

Assembleias aprovam proposta

Nas assembleias votaram 474 jornalistas, que deliberaram sobre a aceitação ou não da proposta patronal, e também sobre outras três contrapropostas, sendo: a primeira do Sindicato, aprovada por 60,13% da categoria e apresentada na reunião desta quinta-feira aos empresários e outras duas apresentadas pelos jornalistas:
– contraproposta 2 (24,26% dos votos), para correção dos salários em 15,02% (7% do ano passado e 7,5% à data base atual), mais 7% retroativos;
– contraproposta 3 (15,61% dos votos), com correção salarial de 20,33% (10,94% da Campanha Salarial 2015-2016, reposição da inflação de 7,39% da data base e mais um 1% de aumento real), além de 6% retroativos a dezembro de 2015.


Redação e foto: Flaviana Serafim – Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo

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