Expectativa é pela resposta dos empresários às contrapropostas dos jornalistas; categoria reivindica reajuste para repor inflação e reduzir perdas acumuladas de 2016
Nesta quinta-feira (6), prosseguem as negociações da Campanha Salarial de Jornais e Revistas da Capital, com reunião da bancada dos jornalistas no Sindicato das Empresas de Jornais e Revistas de São Paulo (Sindjore), na zona oeste paulistana. A expectativa é pela resposta dos patrões à contraproposta apresentada pelos trabalhadores na quarta rodada, que ocorreu no último 27 de junho.
Na capital, a categoria reivindica reajuste de 4,93% sobre os salários e benefícios, dos quais 3,35% da inflação acumulada no último ano e mais 1,53% para recomposição de perdas de 2016. Ano passado, o reajuste dos salários foi parcelado em duas vezes e com índice de 8,16% contra uma inflação de 9,82%.
O percentual apresentado como contraproposta na última rodada é menor que a reposição da inflação e os 2,5% de aumento real que a categoria reivindicou no início das negociações. Por isso, para os dirigentes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), a proposta aos empresários é razoável e atende às expectativas dos trabalhadores e trabalhadoras rumo ao fechamento de um acordo.
Interior
A terceira rodada de negociações da Campanha Salarial de Jornais e Revista do Interior e Litoral é no próximo 12 de julho (quarta-feira), na sede do Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas no Estado de São Paulo (Sindjori), no centro paulistano.
Na negociação anterior, no último dia 28, os jornalistas apresentaram como contraproposta um reajuste de 3,7%, para reposição da inflação dos últimos 12 meses e para reduzir perdas acumuladas do ano passado, e nesta rodada aguardam pela resposta dos empresários. Assim como os profissionais da capital, os jornalistas do interior e litoral tiveram reajuste parcelado e menor que a inflação na Campanha Salarial 2016-2017.
Outro ponto da contraproposta do Interior e Litoral é a manutenção das cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com a renovação do acordo para 2017-2018, pois na primeira rodada, em 21 de junho, o sindicato patronal propôs a exclusão de diversos itens, o que representaria retirada de direitos e garantias conquistados ao longo de anos pelos jornalistas.
Entre os direitos que os empresários queriam excluir da CCT estão a obrigatoriedade de 40% de adiantamento salarial (vale) e do seguro de vida, além da retirada da multa pela não instituição do Programa de Participação nos Lucros e Resultados – PLR (cláusula 13º da CCT), hoje equivalente a R$ 955,00.
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Escrito por: Flaviana Serafim – Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP)