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Câmara homenageia centenário do jornalista Pedro Pomar

Câmara homenageia centenário do jornalista Pedro Pomar


pomar

A Câmara Municipal de São Paulo realiza nesta segunda-feira (20) solenidade em homenagem ao centenário de nascimento do jornalista Pedro Pomar, assassinado pela ditadura militar em dezembro de 1976 no episódio que ficou conhecido como Chacina da Lapa. A iniciativa é do vereador Orlando Silva (PCdoB/SP).


Conheça a história de Pedro  Pomar


Pedro Ventura Felipe de Araújo Pomar, ou Pedro Pomar, nasceu em Óbidos, no Pará, em 1913, mas quando tinha 5 anos foi com a família para Nova York, onde viveu por um ano. Aos 13 anos, saiu de Óbidos para fazer o ginásio em Belém, onde começou a participar de atividades políticas. Em setembro de 1932, com 19 anos, quando cursava a Faculdade de Medicina e jogava futebol profissionalmente, participou da organização de um levante armado em apoio ao Movimento Constitucionalista de 32. Provavelmente nessa época foi recrutado pela escritora Eneida de Moraes para ingressar no PCB.

Preso várias vezes em Belém, da última vez fugiu da cadeia com outros membros do partido para o Rio de Janeiro, onde passou dificuldades e teve de trabalhar até como pintor de paredes. Ajudou a formar a Comissão Nacional de Organização Provisória, encarregada de reorganizar o PCB em todo o território.

Mudou-se para São Paulo e, em 1947, se elegeu deputado federal pela coligação PCB-PSP, com a maior votação da época: 100 mil votos. Eleito para o Comitê Central e para a Comissão Executiva do PCB, foi secretário de Educação e Propaganda do partido, responsável por cerca de 30 jornais do partido em todo o país. Foi também diretor da Tribuna Popular e da Imprensa Popular e colaborou para o Notícias de Hoje.

Na década de 50, estudou na União Soviética durante dois anos, mas, em 1962, foi expulso do partido e, junto com outros companheiros, criou o PCdoB, do qual se tornou membro do Comitê Central e redator-chefe do jornal A Classe Operária. Teve divergências também com a direção do novo partido, que havia decidido promover a Guerrilha do Araguaia. Quando três dirigentes da organização morreram na região em 1972, assumiu a direção do partido.

No dia 16 de dezembro de 1976, quando participava de uma reunião da cúpula da organização no bairro da Lapa, em São Paulo, agentes do DOI-CODI cercaram a casa e fuzilaram todos os presentes. Pedro Pomar morreu atingido por cerca de 50 tiros. Foi enterrado no Cemitério Dom Bosco, em Perus, com nome falso, mas a família conseguiu descobrir onde ele fora sepultado e levou os restos mortais para Belém do Pará.

Serviço

Data: 20 de maio (segunda-feira)
Horário: 18 horas
Local: Salão Nobre da Câmara Municipal de São Paulo
Endereço: Palácio Anchieta, Viaduto Jacareí, nº 100
8º andar, Bela Vista, São Paulo (SP)

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