O Sindicato recebeu denúncia de que o jornal Brasil Econômico decidiu, de forma unilateral, ignorar a existência do cartão de ponto, prejudicando os jornalistas que ficam sem qualquer controle efetivo das horas trabalhadas diariamente, sejam normais ou extras.
Em março, para se adaptar à portaria 1510/09 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que obriga a marcação eletrônica de ponto dos trabalhadores, inclusive no segmento de Comunicação, a empresa adotou o Registrador Eletrônico de Ponto (REP). Segundo denúncia dos profissionais, a empresa fez um mês de testes, período em que entregou regularmente os cartões de ponto, vigorando a partir de abril, conforme previa a portaria.
No entanto, passados dois meses, a empresa agora se nega a entregar o espelho de horas trabalhadas, para que sejam conferidas pelos trabalhadores para o controle de jornada diária e inclusive o pagamento e ou a compensação das horas extras. Também não ficam registrados assim os adicionais noturnos ou acréscimos por viagens realizadas aos sábados, domingos e feriados, quando há adicionais nos salários. O problema é ainda maior para os novos contratados, pois a empresa não lhes fornece acesso ao ponto eletrônico. A empresa alega que o cartão de ponto é meramente “pro forma” ou unicamente para cumprir a legislação.
O Sindicato deverá apurar as denúncias junto ao RH do Brasil Econômico o mais rápido possível e tomará as providências necessárias para que a empresa cumpra a lei para garantir os direitos dos jornalistas.