O futuro do Jornal da Cidade de Jundiaí preocupa os jornalistas da redação. Existem boatos de fechamento e a tensão dos profissionais só aumenta com a falta de condições de trabalho. Esta semana, no auge de desrespeito ao trabalhador, um repórter fotográfico ficou a manhã inteira na porta do jornal, sem conseguir entrar, pois não havia funcionários dentro da empresa para abrir a porta de entrada.
Além desses e outros problemas que têm acontecido, os jornalistas estão recebendo o pagamento “picado” e a direção do jornal alega que não tem dinheiro. Hoje, por exemplo, é o último dia do mês e o pagamento ainda não foi feito integralmente. Dessa forma, os trabalhadores estão tensos e não sabem se terão salários nos próximos meses.
Afora isso, o jornal fez demissões na redação e não houve reposição de profissionais, o que aumenta a carga de trabalho de quem ainda tenta trabalhar, mesmo que numa situação tão complicada.
Para José Aparecido dos Santos (Zezinho), diretor que acompanha as questões relacionadas à Jundiaí, essa situação é, antes de tudo, muito triste e de um enorme desrespeito aos trabalhadores. “Trabalho neste jornal há 17 anos e nunca vivi uma situação como essa. Hoje os jornalistas daqui são abordados na rua com brincadeiras irônicas do tipo: aquele jornal ainda existe? Era um jornal forte. Passamos por uma fase difícil”, afirmou com pesar o dirigente.
O dirigente de Jundiaí entrou em contato com a direção do jornal que, por sua vez, nega os boatos de fechamento. Caso a situação não seja resolvida, o SJSP irá acionar o Ministério do Trabalho, pois não é a primeira vez que a entidade encontra dificuldades no diálogo com a diretoria da empresa.