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Atrás de votos, governo quer jogar votação da Previdência para junho

Atrás de votos, governo quer jogar votação da Previdência para junho


Deputado da base governista, mas contrário ao projeto, estima que hoje o Planalto não teria votos suficientes

 

São Paulo – Inseguro quanto à aprovação em plenário da reforma da Previdência, o governo pretende protelar a votação até o mês que vem, para garantir mais que os 308 votos (três quintos da Casa) necessários na Câmara para aprovação de uma proposta de emenda à Constituição, no caso, a PEC 287. “Nós temos três semanas mais ou menos para garantir 330 votos. O governo vai botar em votação quando tiver 330 votos”, afirmou o vice-líder do governo Darcísio Perondi (PMDB-RS).

Vice-líder do DEM, partido da base governista, Onyx Lorenzoni (RS), que é contrário à proposta, avalia que, hoje, o Planalto teria no máximo 250 votos, aquém do necessário. Ele também considera importante acompanhar a votação da reforma da legislação trabalhista no Senado.

“Era para a reforma trabalhista passar talvez em uma comissão lá, já está passando em três, e tem sido dito lá no Senado que antes do final do ano ela não vai a voto. Eu não vejo condições de que os parlamentares aqui, que têm pago um alto preço para modernizar o Brasil, principalmente do ponto de vista da compreensão da sociedade, ainda se disponham a fazer algo muito ruim, que é a proposta original do governo – que não foi melhorada no meu entendimento – e que está a bulir com a vida das pessoas”, disse o deputado.

Aprovado na Câmara como PL 6.787, o agora PLC 38 passará por pelo menos três comissões permanentes no Senado. A Casa está promovendo nesta quinta-feira (11) debates sobre o projeto trabalhista.

“Nós temos ainda 11 medidas provisórias que estão trancando a pauta. Elas precisam obviamente ser discutidas e votadas em plenário. E, em seguida, a avaliação das bancadas é que vai dar o tom da data de votação desta medida”, comentou o líder do PSDB, Ricardo Tripoli (SP), referindo-se à Previdência.  “Obviamente, ainda existem possibilidades de alterações em plenário. Os deputados podem apresentar destaques, emendas… Eu acho que é um longo caminho a percorrer ainda.”

Para o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), o governo tinha a possibilidade de, na comissão especial, substituir parlamentares contrários à PEC 287. “Se nós tirássemos cinco do governo e acrescentássemos cinco para nós, nós teríamos ganho a votação aqui na comissão especial. O governo está jogando pesado, substituiu aqueles parlamentares da sua base que iam votar contra a reforma da Previdência aqui.” O texto-base do relator, Arthur Maia (PPS-BA), foi aprovado por 23 votos a 14.

“É indispensável que a população brasileira se mobilize porque a pressão está vindo por parte do governo, individual, em cima de cada parlamentar: oferecendo cargos, ameaçando tirar emendas parlamentares ou oferecendo mais”, criticou o vice-líder do PDT, André Figueiredo (CE). “É algo vergonhoso.”

Com informações da Agência Câmara Notícias

 

Escrito por: Redação RBA (Rede Brasil Atual)

Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

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