Nesta semana, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) vai votar o pedido de habeas corpus (HC) de Lula, atos em defesa do ex-presidente e em defesa da democracia ocorrerão em diversas cidades do Brasil.
O ex-presidente foi condenado sem crime e sem provas em janeiro e, agora, setores da direita, financiados por grandes grupos empresariais e com apoio da mídia comercial, pedem pela prisão de Lula antes que seu julgamento passe por todas as instâncias de justiça pela qual tem direito.
Em São Paulo, na terça-feira (3), marchas sairão dos bairros periféricos até os centros comerciais nas quatro regiões da capital (norte, sul, leste, oeste e centro). No dia 4, data prevista para o julgamento do STF, também terão atos pelos bairros (confira abaixo) e, no centro, a partir das 17h, tem mobilização na Praça da República.
As ações têm o objetivo de dialogar com a população para fazer chegar a verdade sobre o julgamento político de Lula. Os movimentos populares e as lideranças políticas irão esclarecer, por meio do contato direto com o povo, que Lula não é o verdadeiro dono do tríplex, como a versão da grande imprensa e de setores do judiciário tenta vender.
Desde o golpe de 2016, que tirou Dilma Rousseff da Presidência, os que tomaram o poder estão impondo uma agenda de atraso ao povo brasileiro, que só beneficia os ricos e privilegiados, como a reforma Trabalhista, que tirou direitos dos trabalhadores, a redução do financiamento de políticas importantes como o Minha Casa, Minha Vida e o FIES, o congelamento de investimentos públicos que atinge áreas da saúde, educação e segurança, e a entrega do patrimônio ao mercado estrangeiro – sem contar a ameaça de tentar impedir a aposentadoria dos brasileiros.
Negar a presunção de inocência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz parte da onda de retrocessos que enfraquecem o Estado Democrático de Direito, pois o objetivo não é apenas atingir o ex-presidente, mas também todas as organizações progressistas e movimentos sociais como forma de deslegitimar entidades, sindicatos e lideranças – práticas que flertam com o fascismo, um movimento de ódio formado por pessoas que tentam impor seus desejos, que se negam a aceitar pensamentos diferentes ou a permitir que todos sejam tratados com os mesmos direitos.
Vemos esse ódio nos grupos que incentivam a violência e comemoram atos como o da execução da vereadora Marielle Franco, da chacina dos cinco jovens militantes moradores de Maricá (RJ) e, recentemente, com a tentativa de assassinato do ex-presidente Lula durante sua caravana pelo Sul do Brasil.
Confira abaixo os atos em cada bairro e ajude na mobilização dessa luta!
(Em atualização):
04/04 (quarta- feira)
LESTE 1 e 2
14h – Metro Itaquera – Atividade com carro de som
Freguesia do Ó/Brasilândia/Casa Verde/Pirituba
7h – Terminal Vila Nova Cachoeirinha
Vila Prudente
Pela manhã marcha e caminhada pela Comunidade da Prosperidade, Vila Califórnia, Vila Alpina e Vila Prudente.
Mooca
6h – Estação de trem CPTM
Registro
16h – concentração na Praça do Skate da Beira Rio
São Bernardo do Campo
03/04 (terça-feira)
5h – panfletagem nos terminais de ônibus
14h – Vigília em frente ao prédio do ex-presidente Lula. Concentração na Rua Tapajós, 3 (próximo ao terminal de trólebus São Bernardo)
04/04 (quarta-feira)
9h – Plenária no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC – Rua João Basso, 300
São Caetano do Sul
16h – Rua Municipal esquina com Rua Heloísa Pamplona
Sorocaba
7h – panfletagem pela região central da cidade
Campinas
17h – Ato vigília Lula Livre – Praça Guilherme de Almeida/Av. Glicério – Campinas
Ribeirão Preto
17h – Ribeirão contra a Ditadura e contra a Prisão de Lula
Em frente ao Teatro Pedro II – Rua Álvares Cabral, Setor Central, Ribeirão Preto
Bauru
Dia 4
17h – Ato em frente à Câmara Municipal de Bauru