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Ato em Copacabana escancara para o mundo o golpe político no Brasil

Ato em Copacabana escancara para o mundo o golpe político no Brasil


Com cobertura ampla da mídia internacional, protesto levou 30 mil pessoas às ruas

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Nem o calor e muito menos o impressionante aparato militar impediram que 30 mil pessoas tomassem as ruas de Copacabana, no Rio de Janeiro, para pedir a saída do presidente ilegítimo Michel Temer da presidência e denunciar o golpe político contra a presidenta Dilma Rousseff. Durante a manifestação, correspondentes de diversas partes do mundo se espalhavam entre os militantes perguntando sobre o golpe no Brasil.

O ato  chamado pelas Frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo e Esquerda Socialista começou por volta das 11h e se estendeu até 16h  respeitando três eixos: “Fora Temer”, “Nenhum direito a menos” e “Contra a calamidade olímpica”. O ponto de partida foi no Posto 6 da praia de Copacabana, em frente ao hotel Copacabana Palace, e terminou no Posto 4, a poucos metros do Centro de Mídia das Olimpíadas.

“Lamentavelmente, o início das Olímpiadas acontece no momento em que Temer, Globo e Moro aplicam um golpe no Brasil. Queremos dizer ao mundo que nós, brasileiros, queremos que vocês curtam os jogos e os receberemos muito bem, mas durante os jogos não temos nada para celebrar, pois temos na presidência um golpista. Nos tiraram o direito de celebrar essa unidade mundial”, afirmou Vagner Freitas, presidente nacional da CUT, que mostrou a importância da mídia internacional para furar o bloqueio brasileiro.

“Aqui, a Globo quer mostrar que está tudo bem e que concordamos com o que está acontecendo. Isso não é verdade. Não toleraremos que os votos de 54 milhões de brasileiros sejam jogados no lixo. Nós queremos um outro Brasil, não queremos o Brasil da intolerância”, encerrou o presidente Cutista.

O coordenador nacional do MTST, Guilherme Boulos, também lembrou do papel exercido pela mídia brasileira. “Há um golpe institucional e parlamentar acontecendo no Brasil. A imprensa do nosso país criou um muro que impede que a informação chegue ao povo, mas a presença dos correspondentes internacionais no Rio de Janeiro irá furar esse bloqueio.”

Tatianny Araújo, da Nova Organização Socialista (Nós), lembrou o papel das mulheres na resistência ao golpe. “Fomos nós que saímos às ruas contra o Cunha e o derrubamos, mostrando a força da mulher brasileira. Não poderíamos nos frutar de estar aqui, enfrentando essa truculência política. Essa é a Olimpíada da retirada de direitos, promovida por esse prefeito do PMDB [Eduardo Paes], que é o mesmo partido que está nos atacando nacionalmente”, explicou a militante.

Escrito por: Igor Carvalho (CUT Nacional)

Publicado em: 05/08/2016

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