“GAZA URGENTE: genocídio, jornalismo e direitos humanos” é o tema do ato-debate que o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), a Federação Árabe-Palestina do Brasil (Fepal) e o Centro de Estudos Palestinos (CEPal) da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH-USP) realizarão no próximo dia 26 de novembro (terça-feira), das 19h30 às 22h, no Auditório Vladimir Herzog (rua Rego Freitas 530, sobreloja).
Assista ao debate aqui:
O SJSP, a Fepal e o CEPal pretendem, com este evento, reiterar seu mais absoluto repúdio e condenação às atrocidades e crimes de guerra que Israel continua a praticar cotidianamente na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, bem como no Líbano e em outros países da região.
Após um ano e um mês de genocídio, Israel já assassinou 44 mil palestinos(as) e feriu outros(as) 104 mil, somente em Gaza. Mulheres e crianças são a maioria das vítimas fatais. Além disso, Israel assassinou 240 funcionários humanitários da ONU e centenas de médicos e outros trabalhadores da saúde. No Líbano, as forças armadas israelenses mataram mais de 3 mil pessoas em algumas semanas.
De acordo com a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), pelo menos 140 jornalistas foram assassinados por Israel em Gaza, no Líbano e na Síria desde outubro de 2023. A TV Al Jazeera, do Qatar, foi banida pelo governo de Benjamin Netanyahu, e vários de seus jornalistas foram mortos pelo Exército israelense. Desse modo, o regime sionista tenta calar o jornalismo palestino e a mídia independente de modo geral.
Assim, outro aspecto fundamental do ato-debate de 26 de novembro é discutir a contribuição do jornalismo para a defesa dos direitos humanos, em Gaza e em todo o Oriente Médio, graças à participação de duas convidadas especiais.
Uma delas é Shahd Safi, uma palestina de Gaza que sobreviveu ao genocídio e atualmente está retomando seus estudos universitários nos EUA. Shahd, que estudava jornalismo, trabalhou como jornalista freelancer cobrindo os horrores em Gaza por 150 dias, antes de fugir para o Cairo para salvar sua vida, junto com sua mãe e três irmãos. Depois de cinco meses lá, ela conseguiu uma bolsa de estudos para estudar direitos humanos e artes escritas no Bard College, nos EUA.
A outra convidada é Rula Shadeed, jurista palestina especializada em direito penal internacional e co-diretora do Instituto Palestino de Diplomacia Pública. Rula tem um mestrado em direitos humanos e outro em legislação internacional sobre conflitos armados. Possui 15 anos de experiência no campo dos direitos humanos e de questões legais acerca de refugiados.
Shahd e Rula falarão em inglês. Haverá tradução para o português.
A mesa do ato-debate contará ainda com a participação de Samia Tayeh, secretária de Memória e História da Fepal; da jornalista Patricia Zaidan, diretora de Ação Sindical do SJSP; e de José Eduardo de Souza, secretário geral do SJSP.