O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) realizará assembleias até dia 15 de setembro (quinta-feira) para consultar a categoria sobre os rumos da Campanha Salarial de Jornais e Revistas do Interior e Litoral. A decisão foi tomada pela direção do Sindicato devido à intransigência dos patrões, que mantêm o impasse nas negociações.
Na quinta rodada, em 24 de agosto, os empresários repetiram a proposta apresentada na terceira rodada: 3% de reajuste provisório retroativo a junho e 5,83% em maio de 2017, com reajustes incidindo apenas sobre o salário, sem contemplar os benefícios.
Diante do quadro, o Sindicato convoca os trabalhadores (as) a participar das assembleias com o intuito de consultar a categoria e construir uma contraproposta. Até agora, o SJSP tem insistido na mesa para que haja, no mínimo, a reposição da inflação de 9,83% (INPC).
Cantilena da crise – Em todas as negociações, os empresários persistem na cantilena da incerteza quanto ao futuro do mercado, e o que chamam de “ajuste de negócio para a nova realidade” é, na verdade, uma tentativa de transferir a conta da crise financeira para o bolso dos trabalhadores.
As rodadas começaram em julho e, de cara, os patrões apresentaram proposta de ajuste zero, com suspensão das negociações até fevereiro do ano que vem. Na segunda rodada (15/07) e na terceira (04/08), a proposta foi de 3% de reajuste salarial e continuidade das negociações no início de 2017.
Na quarta mesa (10/08), os empresários apresentaram a proposta de fatiar o reajuste em 3% provisórios, retroativos a junho, e outros 5,83% só em maio do que vem, às vésperas da próxima data-base – num molde semelhante ao proposta para a Convenção Coletiva 2015-2016.
Na quinta rodada de negociações, realizada na sede do Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas no Estado de São Paulo (Sindjori), no centro da capital, os empresários reclamaram até do piso salarial, de R$ 2.235,00, que, na visão patronal, é um valor alto, e foram prontamente rebatidos pelos sindicalistas.
Após as assembleias com os trabalhadores (as) as negociações com os empresários serão retomadas.
