Pelo menos seis jornalistas foram presos pela polícia, no dia 24 de outubro na capital angolana, Luanda, durante a cobertura de uma manifestação organizada por ativistas da sociedade civil e apoiada pela oposição para exigir melhores condições de vida e empregos. A Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) junta-se ao seu afiliado Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) na condenação das detenções arbitrárias de trabalhadores da comunicação social e apela às autoridades angolanas para que parem de intimidar os jornalistas.
Foram presos os jornalistas Suely de Melo, Carlos Tomé, Santos Samuesseca, Leonardo Faustino e seu motorista, todos da Radio Essencial, além dos jornalistas Domingos Caiombo e Octavio Zoba da TV Zimbo e um fotógrafo.
Segundo o presidente da SJA, Teixeira Cândido, a polícia obrigou um cinegrafista da TV Zimbo a deletar as imagens gravadas por ele e agrediu o forógrafo da AFP, embora ele se tenha identificado como jornalista. “Há um ano pedimos um encontro com o comandante provincial de Luanda e saímos com a garantia de que não haveria mais prisões e agressões. Infelizmente voltou a acontecer e com brutalidade”, disse Teixeira Cândido.