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Abertura do 14º Congresso Estadual dos Jornalistas homenageia Audálio Dantas

Abertura do 14º Congresso Estadual dos Jornalistas homenageia Audálio Dantas


 

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A solenidade de abertura do 14º Congresso Estadual dos Jornalistas, realizada na noite de sexta-feira (21), no teatro municipal de Caraguatatuba, no litoral norte paulista, foi marcada por grande emoção. Nela foi homenageado o jornalista Audálio Dantas, ex-presidente da entidade e da Fenaj, que tornou-se o primeiro patrono do evento a denominar um evento desta importância para os profissionais da imprensa brasileira.

Além do homenageado, a  mesa de abertura do Congresso foi composta por José Augusto Camargo (Guto), presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), Neusa Mello, diretora da Regional Vale do Paraíba, Litoral Norte e Mantiqueira, Márcia Quintanilha, vice-presidente da Região Sudeste da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Antônio Carlos Fon, ex-presidente do Sindicato, Adriana Magalhães, diretora de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SP) e Heloísa Andrade, chefe de gabinete da Prefeitura de Caraguatatuba, representando a municipalidade.

José Augusto Camargo saudou os presentes e enalteceu a história política do homenageado, Audálio Dantas, observando que quando se  pretende construir o futuro da categoria e de sua representação sindical, é necessário também olhar para o passado e analisar o que os outros ajudaram a construir. “O Sindicato se sente honrado com a presença de Audálio Dantas e escolhemos ele para dar denominação ao 14º Congresso, o primeiro a ganhar um nome de homenageado, justamente pelo seu papel não apenas na história de nossa entidade, mas das lutas pela redemocratização do país.”

A dirigente da Fenaj, Márcia Quintanilha, lembrou que os jornalistas realizam o seu 14º Congresso Estadual sob a éfige de uma importante vitória: “Vencemos a primeira batalha pela exigência do diploma para o exercício da profissão no Senado e os jornalistas precisam se preparar para o enfrentamento contra os empresários de comunicação, que estão concentrados sobretudo em São Paulo, que tentarão barrar a PEC do Diploma na Câmara Federal.”

Neusa Melo saudou os estudantes de Jornalismo presentes à abertura do Congresso, que vieram das universidades de Lorena, no Vale do Paraíba e da própria Caraguatatuba. “É com grande alegria que recebemos hoje uma delegação de jovens futuros jornalistas, por ser crucial esta participação”, disse.

Adriana Magalhães, representando a direção da CUT/SP, disse que o Congresso acontece em um momento importante para os trabalhadores, sobretudo os jornalistas, quando está em jogo a disputa de espaço com a mídia hegemônica. “Precisamos apresentar para sociedade a nossa concepção de a comunicação dos trabalhadores,  realizada por eles e para eles”, diz. “Também é o momento de se discutir a questão do marco regulatório e pressionar o governo federal a efetuar uma consulta popular sobre o temas. É preciso democratizar a Comunicação”, completou.

Oswald de Andrade e Pagú

O homenageado, Audálio Dantas, disse que em diversas oportunidades recebeu homenagens, mas que esta, realizada pelos Jornalistas, lhe era motivo de grande satisfação. Ele agredeceu à direção do Sindicato dos Jornalistas e sobretudo ao atual presidente, Guto Camargo, pela “deferência” e, emocionado, recordou o papel que a entidade desempenhou no movimento pela redemocratização do país. “Nossa entidade foi o grande instrumento de luta contra a ditadura militar, mas tem uma grande história a ser contada. Na sua fundação, por exemplo, teve a presença do escritor Oswald de Andrade e somente não contou com a participação de Pagú (Patrícia Galvão), por que justamente neste dia ela estava presa pela ditadura de Getúlio Vargas”.

Audálio disse que o fim do diploma, ocorrido por uma decisão infeliz do Spremo Tribunal Federal (STF). “Isto foi um atraso enorme para a categoria, com a finalidade de desorganizar a profissão e enfraquecer a organização dos jornalistas.” Para ele, os jornalistas devem se pautar pela luta pela democratização dos meios de comunicação.

Segundo Audáçlio, a sociedade brasileira deve discutir que tipo de informação quer receber. Deve insistir não somente criação dos Conselhos de Comunicação e em temas como o marco regulatório, como em todos os instrumentos que possibilitem uma maior participação popular.

“Os empresários dizem que isso atenta contra a liberdade de informação e de expressão, mas isso é uma falácia”. Ele relembrou a participação do Sindicato nas lutas pela redemocratização do país e, sobretudo, no episódio do assassinato pela ditadura militar, do jornalista Vladimir Herzog, ocorrido  nos porões do Doi Codi. “Depois disso, nenhuma morte cometida pelos militares foi aceita em silêncio”, diz.

Por fim, o ex-presidente do Sindicato, Antônio Carlos Fon, disse que esta era a noite do reencontro. “Fico feliz de reencontrar Audálio em um evento tão importante para a categoria. Ele não faz parte apenas da história dos jornalistas, mas de todo o povo brasileiro”.

Foto: Roberto Claro

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