“A mulher jornalista e reforma da Previdência” é tema do debate que o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) realiza nesta terça-feira (7), às 19h30, no Auditório Vladimir Herzog.
O objetivo é discutir como as mulheres jornalistas serão afetadas caso seja aprovada a reforma da Previdência Social, que tramita no Congresso como Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287.
O déficit na Previdência é mito ou verdade? O que muda de acordo com a idade? A PEC vai garantir ou não o direito à aposentadoria integral? A atividade também visa esclarecer essas questões.
O debate terá a participação de Adriana Marcolino, técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), e de Junéia Batista, secretária da Mulher Trabalhadora da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
A medida vai afetar jornalistas homens e mulheres porque estabelece uma idade e tempo de contribuição mínimos para se aposentar. A categoria já havia perdido o direito à aposentadoria especial, aos 30 anos de trabalho para homens e 25 anos de trabalho para as mulheres, com a revogação da Lei nº 3.529/59 em 1997. Agora, caso a PEC 287 seja aprovada, os jornalistas serão penalizados novamente.
Contudo, as mulheres jornalistas serão ainda mais prejudicadas porque a PEC 287 iguala a idade e o tempo mínimo de contribuição para aposentadoria de homens e mulheres, ignorando as desigualdades de gênero históricas existentes no Brasil e, ainda, a dupla e até tripla jornada enfrentada pelas trabalhadoras.
“A reforma previdenciária vai prejudicar a todos, mas para as mulheres jornalistas é particularmente cruel. O aumento no tempo de contribuição será ainda maior do que para os homens, num cenário em que, nos últimos 10 anos, aumentou a jornada semanal. Nós trabalhamos, em média, cinco horas a mais do que ele”, afirma Priscilla Chandretti, diretora do SJSP.
Para homens com menos de 50 anos e mulheres com menos de 45, a PEC aumenta de 15 para 25 anos o tempo mínimo de contribuição e define os 65 anos como idade mínimo para aposentadoria. No caso dos homens acima dos 50 e das mulheres acima dos 45 anos, a proposta estabelece uma regra de transição com acréscimo de 50% sobre o tempo de contribuição que faltaria para se aposentar.
Acesse o “aposentômetro” e calcule como ficará seu tempo de trabalho e de contribuição caso a reforma da Previdência seja aprovada.
Confirme sua presença e acompanhe outras informações sobre o evento.
SERVIÇO
A mulher jornalista e a reforma da Previdência
Dia: 7 de março (terça-feira)
Horário: 19h30
Local: Auditório Vladimir Herzog do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
Rua Rego Freitas nº 530 – Sobreloja – Centro (Metrô República)
Informações: (11) 3217-6299
Escrito por: Flaviana Serafim – Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo