Os jornalistas do Correio Popular, pertencente ao Grupo RAC (Rede Anhanguera de Comunicação) que paralisaram as atividades na segunda-feira (19), por falta de pagamento, tiveram uma reunião de negociação com a empresa nesta terça-feira (20).
A negociação teve vários compromissos firmados:
1. Pagamento integral, até às 17h do dia dia 21 de dezembro.
2. Será feito contrato de PJ com todos, assinado, com data retroativa à data de entrada de cada um.
3. Será eleita uma comissão da redação para manter reuniões quinzenais ou mensais com a direção, sempre com acompanhamento do jurídico, para alinhar demandas.
4. O abono prometido (1/2 salário de cada um) será pago até março
5. Neste final de ano será feita apenas uma edição 24/25 de dezembro e não haverá jornal na terça (27), com o pessoal folgando na segunda (26). O mesmo ocorrendo no final do ano.
6. Não haverá represália a nenhum jornalista e também nenhum profissional será dispensado.
Diante destes compromissos, eles retornaram ao trabalho hoje, e toda essa negociação será acompanhada pela Regional Campinas do Sindicato dos Jornalistas, que desde ontem está em contato permanente com os jornalistas, orientando juridicamente e politicamente. Caso o acordo não seja cumprido, os jornalistas voltam a paralisar as atividades.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) denuncia a precarização que o Grupo RAC promove a seus profissionais, com contratos PJ (que são verdadeira fraudes trabalhistas), mas salienta que está à disposição de toda a categoria para organizar a luta por direitos e dignidade.
Desapropriação e compra do prédio do Correio Popular (RAC)
Na sexta-feira (16) passada, representantes das Regionais de Campinas e de Piracicaba do Sindicato dos Jornalistas de SP se reuniram com o vice-prefeito de Campinas Wanderley de Almeida e com o Dr. Claudio, representante da Secretaria de Negócios Jurídicos da Prefeitura, para obter informações sobre a desapropriação e a compra do prédio do Correio Popular (RAC), que faz parte do processo coletivo dos 52 Jornalistas demitidos em 2021. A Prefeitura tinha assumido o compromisso de que o dinheiro pago pelo prédio desapropriado seria depositado em juízo – ou seja, direto na conta da justiça – em função das ações trabalhistas. O que foi feito no início desta semana. Confira o vídeo: