Logo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo
Logo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
Logo da Federação Internacional de Jornalistas
Logo da Central Única dos Trabalhadores
Logo da Federação Nacional de Jornalistas
Liberdade de imprensa

3 de maio marca o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa

Juliana Almeida - Sindicato dos Jornalista de SP

O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa é comemorado anualmente no dia 3 de maio e marca a ocasião em que a Declaração de Windhoek foi adotada, em 1991. A declaração, elaborada por jornalistas africanos, defende a liberdade de imprensa e de expressão como um direito humano fundamental e um elemento essencial da democracia. Desde 1993, quando foi proclamado pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o dia tem sido uma oportunidade para a reflexão sobre a importância da liberdade de imprensa e para aumentar a conscientização sobre os desafios enfrentados pelos jornalistas em todo o mundo.

Embora a liberdade de imprensa seja essencial para a democracia e a transparência, jornalistas em todo o mundo enfrentam ameaças constantes de censura, repressão e violência. A presidente da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), Dominique Pradalie, afirma: “Do Peru ao Irã, do Sudão ao Afeganistão, os governos estão tomando medidas drásticas para impedir a liberdade de expressão e impedir o direito do público de saber, incluindo restrições à internet, espancamento, prisão e intimidação de jornalistas, controle de conteúdo da mídia e introdução de leis drásticas de mídia e outras leis para restringir o livre fluxo de informações. Desde a adoção da Declaração de Windhoek em 1991, muito pouco foi feito para criar condições concretas em nível internacional para garantir liberdade e segurança aos jornalistas”.

No Brasil, os números são alarmantes. Segundo o relatório Violência Contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil, elaborado pela FENAJ, a Federação Nacional de Jornalistas, em 2022 foram 59 casos de censura, 87 de descredibilização e 21 casos de impedimento de exercício profissional. O relatório completo pode ser acessado aqui.

Outra discussão que tem atingido diretamente os profissionais da imprensa é o PL 2630, mais conhecido como PL das fake news. O projeto, que visa a instituir a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet, vem sofrendo grandes ataques de big techs. Empresas como Meta (dona das plataformas Facebook, Instagram e WhatsApp) e Google (do YouTube) afirmam que a remuneração obrigatória prevista no PL pode atingir a oferta de conteúdos gratuitos aos usuários. Caso este que levou a Google a inserir na sua página inicial um artigo que critica a implementação do projeto de lei.

A FENAJ defende o PL mas critica alguns pontos do projeto. “Nós somos a favor da remuneração do conteúdo jornalístico e achamos que deveria ter sido discutida em um projeto distinto. No entanto, com o avançar das ações no Congresso, sabendo que o artigo 32, que trata da remuneração do conteúdo, passou a ser um dos artigos fundamentais para a aprovação de todo o PL, acreditamos que precisa de uma nova redação. Ele atende exclusivamente o interesse das empresas que tradicionalmente já controlam o setor de comunicação no Brasil. Então, diante do posicionamento das lideranças da Câmara de manter o dispositivo, a FENAJ propôs alterar a redação e incluir os trabalhadores responsáveis pelas produções dos conteúdos jornalísticos que são difundidos pelas plataformas”, comenta a presidenta da entidade, Samira de Castro.

O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa é uma oportunidade para destacar o trabalho valioso de jornalistas e para defender a liberdade de imprensa como um direito humano fundamental. O jornalismo responsável e independente pode dar voz às pessoas e atuar em favor da transparência e da prestação de contas de governos.

O SJSP defende que a liberdade de imprensa seja respeitada e garantida. Defende também a regulamentação da mídia, a aprovação da PEC do diploma e do PL das fake news. Nossa entidade luta para que os profissionais tenham garantida sua liberdade de expressão e voz ativa nas mídias e em grandes e pequenos veículos.

veja também

relacionadas

mais lidas

Pular para o conteúdo