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16 de dezembro é dia de lutar pela democracia e contra o golpe

16 de dezembro é dia de lutar pela democracia e contra o golpe


ato 16a

Movimentos sindicais e  sociais vão às ruas para defender o mandato da presidenta Dilma Rousseff

 

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) sediou na tarde desta quarta-feira (09), a coletiva de imprensa que divulgou o ato que acontecerá no dia 16 dezembro contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e diversas entidades sociais e sindicais, a manifestação terá concentração no vão do Masp, às 17 horas.

Na coletiva, o presidente da CUT, Vagner Freitas leu a íntegra de um manifesto (veja abaixo) e disse que todos os segmentos da esquerda brasileira estão unidos, unificados em torno de três itens: contra o impeachment, valorizando a democracia; fora Cunha (em referência aos desmandos e atos de corrupção do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha),  e contra o ajuste fiscal.

“Nós estamos vivendo um momento muito difícil. O Brasil não pode continuar nesse processo de intranquilidade. Esse terceiro turno que foi construído por políticos que perderam a eleição, deixaram o país numa posição de crise econômica. Ainda tem o equívoco do governo com o ajuste fiscal. Os trabalhadores são os mais prejudicados”, afirmou.

Vagner disse que a classe trabalhadora é a que mais sofererá contra o processo que visa tirar a presidenta Dilma do poder porque, segundo ele, é uma cortina de fumaça que o Eduardo Cunha quer fazer, do Brasil esquecer os crimes dele. “Nós somos contra o impeachment, porque ele tira o direito dos trabalhadores e das trabalhadoras e da sociedade de uma maneira geral. É uma marca capitaneada pelos conservadores que não trarão propostas progressistas para o Brasil. O que vai acontecer  é o contrário: quem está fazendo o impeachment são os mesmos que querem o fim da CLT, a redução da maioridade penal, que são contra os direitos das mulheres, são os mesmos que usam a policia militar para reprimir a juventude com violência, são os que propõem a pauta do retrocesso do Brasil. Por isso somos contra o impeachment e somos pela democracia. Não é possível termos construindo tanto para agora o país entrar neste momento de instabilidade”, afirmou.

Sobre o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, Vagner foi enfático sobre a forma que político vem conduzindo suas ações. “Não é possível que a gente conviva com um presidente da Câmara, sobre quem pesa tantas acusações. O Cunha extrapola tudo isso. É conta da Suíça e manobras que ele faz, utilizando o fato de ser presidente da Câmara, para tentar salvar o seu pescoço. Colocando o Brasil inteiro na berlinda. Então nós vamos no dia 16 para as ruas para acabar com essa política econômica que está horrorosa”.

Os atos deverão acontecer em todo o Brasil. Na capital paulista, a concentração será às 17h no Masp, na Avenida Paulista, e termina Praça da República, no Centro.  A atividade é organizada pelas diversas entidades, entre elas, CUT, MST, UNE, CTB, MTST, Intersindical, entre outras.

 

 

Veja a nota das entidades contra o impeachment:


CONTRA O IMPEACHMENT! NÃO AO AJUSTE FISCAL!

FORA CUNHA!

 

O momento político pede muita unidade e mobilização popular. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, aceitou a instalação do processo de impeachment da Presidenta Dilma, numa tentativa de chantagem a céu aberto. Tenta subordinar os destinos do país à salvação de seu pescoço. Não há nenhuma comprovação de crime por parte de Dilma, e o impeachment sem base jurídica, motivado pelas razões oportunistas e revanchistas de Cunha é golpe.

As ruas pedem: Fora Cunha! Atolado em escândalos de corrupção e representante da pauta mais conservadora, Cunha não tem moral para conduzir o processo de impeachment, nem para presidir a Câmara dos Deputados. Contas na Suíça, fortes acusações de lavagem de dinheiro são crimes não explicados por ele. Cunha será lembrado pelo ataque aos direitos das mulheres, pelo PL da terceirização, a proposta de redução da maioridade penal e por sua contrarreforma política. Os que querem o impeachment são os mesmos que atacam os direitos dos/das trabalhadores (as), das mulheres, dos /das negros (as) e disseminam o ódio e intolerância no país.

Ao mesmo tempo, entendemos que ser contra o impeachment não significa necessariamente defender as políticas adotadas pelo governo. Ao contrário, as entidades que assinam este manifesto têm lutado durante todo este ano contra a opção por uma política econômica recessiva e impopular. As consequências da crise econômica mundial estão sendo aprofundadas pelo ajuste fiscal promovido pelo governo federal, que gera desemprego, retira direitos dos trabalhadores e corta investimentos sociais. Não aceitamos pagar a conta da crise.

A saída para o povo brasileiro é a ampliação de direitos, o aprofundamento e o fortalecimento da democracia e as reformas populares. O impeachment representa um claro retrocesso na construção deste caminho.

Seremos milhares nas ruas no dia 16 de dezembro de 2015. Será o dia Nacional de Luta contra o Impeachment, o ajuste fiscal e pelo Fora Cunha. Convidamos a todos os Brasileiros e Brasileiras a fazerem parte desse bloco contra o retrocesso e por mais direitos”.

 

Foto: Roberto Parizotti/ Secom CUT

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