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Visita de Bolsonaro impulsiona ataque a jornalistas no interior e litoral de SP

Visita de Bolsonaro impulsiona ataque a jornalistas no interior e litoral de SP

Diante dos ataques, Regional Santos abriu plantão para casos de violência ou cerceamento do livre exercício profissional e realizou manifestação em defesa da liberdade de expressão e imprensa

De acordo com denúncias que chegaram ao Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), ao menos seis ataques foram feitos contra profissionais da imprensa durante a visita do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), a cidades do interior e litoral do estado durante o feriado de Nossa Senhora da Aparecida. Os ataques foram feitos por apoiadores do presidente.

Ao menos três boletins de ocorrência foram registrados. Dos seis ataques, cinco aconteceram na cidade do Guarujá.

A Diretoria do SJSP manifesta grande preocupação com a segurança dos jornalistas.

De acordo com diretor regional, Sandro Thadeu, “os ataques estão diretamente ligados à promoção do governo contra os jornalistas e o jornalismo. Não interessa, para esse governo, que a população esteja informada sobre o que ocorre no país, como a corrupção na compra de vacinas contra Covid e política econômica que tem levado à fome, ao desemprego e desesperança”.

Após a primeira ocorrência na última sexta-feira (8), a Regional Santos abriu um plantão para casos de violência ou cerceamento do livre exercício profissional. Na manhã de domingo (10), o Sindicato realizou manifestação em defesa da liberdade de expressão e imprensa e em solidariedade aos jornalistas atingidos pelo discurso de ódio do governo Bolsonaro. O ato, na Estação da Cidadania, teve apoio da CUT Subsede Baixada Santista e teve a presença de jornalistas e representantes dos sindicatos da Alimentação, Sinprodem (repositores), Sintapi (aposentados), além da Unegro.

Em nota, o Sindicato considerou os atentados um atentado à democracia e ao direito fundamental do cidadão à informação e acompanhará o desenrolar dos casos, cobrando respostas das autoridades competentes.

Diante da violência frequente, o Sindicato dirigiu-se aos principais veículos de comunicação da Baixada Santista solicitando que as empresas providenciem escolta para garantir condições seguras de trabalho aos profissionais. O Sindicato recomendou ainda que as empresas tornassem públicas as agressões e os riscos a que os profissionais estão submetidos durante a permanência de Bolsonaro na região.

Histórico de ataques

Na sexta-feira (8), um apoiador desferiu um tapa no equipamento do repórter cinematográfico da TV Tribuna que fazia cobertura da chegada do presidente. Outros jornalistas foram agredidos com xingamentos.

Na segunda-feira (11), conforme relatos, por volta de meio dia, um motoqueiro dirigia ao lado do carro da VTV/SBT provocando a equipe com ofensas e chegando a chamar para briga. No mesmo dia, uma repórter e um cinegrafista da TV Tribuna foram achincalhados por um sujeito que foi para cima da repórter com ofensas.

O repórter cinematográfico da Globonews, Leandro Matozo, foi agredido por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro na tarde desta terça-feira (12) no Santuário de Nossa Senhora Aparecida, no interior de São Paulo.

E a Polícia?

Em Aparecida, a Polícia Militar não quis conduzir o agressor para a delegacia para não “prender a viatura”. O agressor, então, foi liberado e, de carona no carro da PM, voltou ao santuário. No Guarujá, os policiais militares disseram que não viram nada demais nas agressões ocorridas na cidade.

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