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SP: 80 mil mulheres marcham contra Previdência

80 mil mulheres marcham contra Previdência de Bolsonaro em SP

Mais de 80 mil mulheres coloriram a Avenida Paulista neste Dia Internacional da Mulher para protestar, principalmente, contra a reforma de Previdência proposta pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL).

“Mulheres contra Bolsonaro, vivas por Marielle, em defesa da previdência, da democracia e dos direitos” foi o mote do ato unificado de vários movimentos sociais, feministas, de mulheres da CUT e demais centrais, partidos políticos e milhares que se juntaram à luta.

O vão livre do MASP, ponto de concentração da manifestação, ficou pequeno em poucas horas e as milhares de pessoas que participavam do ato ocuparam as duas vias da Paulista e depois caminharam até a Praça Roosevelt, no centro da cidade.

As mulheres da CUT se juntaram ao ato com apitos, chocalhos e cartazes com frases como Lula Livre, lugar de mulher é onde ela quiser, chega de violência, reforma da Previdência Não!

CUTistas chegando na concentração, no vão livre do Masp. Foto: Roberto Parizotti

O principal grito de guerra das mulheres que participaram do do Dia Internacional da Mulher foi o “não” para reforma da Previdência de Bolsonaro, que acaba com a aposentadoria para milhares de trabalhadoras.

“Temos que dizer que não aceitaremos essa reforma da Previdência que retira direitos da classe trabalhadora e aumenta a desigualdade entre homens e mulheres na vida e no trabalho”, afirmou a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, Juneia Batista.

A Proposta de Emenda à Constituição, PEC da  reforma, propõe  acabar com a regra de aposentadoria por tempo de contribuição, prevê a obrigatoriedade de idade mínima de 62 anos e 20 anos de contribuição. O tempo mínimo de contribuição sobe de 15 anos para 20 anos e as trabalhadoras vão receber apenas 60% do valor do benefício. Para ter acesso à aposentadoria integral, a trabalhadora terá de contribuir por pelo menos 40 anos.

Para Juneia, quando você tributa os trabalhadores você está tributando justamente pessoas que precisam do sistema e que não têm nenhuma contrapartida do governo.

“Por que o governo Bolsonaro  não cobra dos grandes devedores da previdência, como o Itaú, JBS Friboi, por exemplo. Por que nós trabalhadores temos que pagar essa conta?”, questionou.

Para a Silvana Cruz, assistente social, este governo está desconsiderando a dupla e terceira jornada das mulheres.

“Essa proposta do Bolsonaro não dá perspectiva de uma velhice digna, porque a gente trabalha e trabalha e não poderá descansar com dignidade, fora os valores que também serão menores, sendo que o Idoso tem custo de remédio e tratamento médico como vamos sobreviver?

A estudante Rafaela Guerreira diz estar sem esperança de se aposentar, caso a reforma de Bolsonaro passe.

“Eu quero me aposentar e vejo que as chances pra isso estão diminuindo, principalmente porque nós jovens, somos as mais desempregadas e isso está ligado diretamente ao tempo de contribuição”.

Marielle Vive

Quem matou Marielle e Anderson? Quem mandou matar Marielle e Anderson? Foram outras duas questões que emocionaram as mulheres do ato unificado “Mulheres contra Bolsonaro, vivas por Marielle em defesa da previdência, da democracia e dos direitos” em São Paulo.

Lula Livre

Apesar de ser um ato das mulheres, um homem foi lembrado no ato deste 8 de março.

“Um preso político que pensou na cota, criou a secretaria de Política para mulheres, deu crédito para as trabalhadoras da agricultura familiar e viabilizou a luta contra a violência contra mulher, com o disque denúncia 180, que fez inúmeras mulheres saírem de relacionamentos abusivos e terem oportunidade de viver”, disse a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT São Paulo, Márcia Viana, que explicou que Lula Livre também faz parte da campanha das Mulheres.

Juneia completa:”Dia 14 de março faz um ano da morte de Marielle e dia 7 de abril um ano da prisão de Lula e com isso a gente vê que não temos democracia, a gente não tem direito e nem justiça”.

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