Na última segunda-feira (18), a sede do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), foi palco para a realização de seminário temático sobre a situação dos direitos da população negra do Brasil. O evento, promovido pelo o Movimento Negro Unificado (MNU), em meio às comemorações de 40 anos do grupo, levantou questões como a situação da mulher, o genocídio e o encarceramento em massa que recaem sobre essa que é uma parcela majoritária da população brasileira.
Apesar de reconhecer avanços e conquistas, militantes como Regina Lúcia, que participa há mais de 22 anos do MNU, reafirmam, em entrevista ao repórter Cosmo Silva, da Rádio Brasil Atual, que ainda são grandes os desafios a serem enfrentados pelos negros no Brasil: “As conquistas são muitas, mas a gente ainda tem muito para caminhar, porque o racismo no Brasil é de uma perversidade tão grande que a própria população negra não se enxerga enquanto vítima”.
Segundo a militante, a luta contra a discriminação racial passa agora também por avançar com as garantias que efetivem os direitos conquistados e tragam novos recortes para dentro da pauta do racismo. “A gente tem conquistado uma política nacional de assistência à saúde da população negra que precisa colocar efetivamente em funcionamento, assim como a Lei 10.639“, finaliza Lúcia, em referência a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira nas instituições educacionais, em vigor desde 2003.
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