Na última sexta-feira (24), a Justiça de São Paulo concedeu uma liminar que proíbe a Polícia Militar de São Paulo de usar armas e balas de borracha para dispersar manifestações. A ação diz que a PM tem 30 dias para se adequar a decisão e que, caso use os equipamentos, receberá multa diária de R$ 100 mil a serem pagas pelo Estado.
Essa decisão conta com o apoio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo (SJSP), que defende o fim da utilização de armas letais em manifestações, já que vários profissionais de imprensa foram vitimados por elas como os repórteres fotográficos Alex Silveira e Sérgio Silva, que foram cegados por tiros de balas de borracha durante manifestações realizadas em São Paulo, em 2000 e 2013, respectivamente. A repórter da TV Folha, Giuliana Vallone, teve seu olho atingido em 2013 e só não ficou cega porque na oportunidade estava usando óculos. Em 2011, o repórter fotográfico Osmar Bustos, a serviço do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e correspondente para os jornais argentinos Página 12 e Toda Notícia, foi alvejado nas costas com duas balas de borracha disparadas por PMs
O Sindicato ainda espera que a Justiça reverta o caso de Alex Silveira onde, por uma decisão absurda a Justiça de São Paulo, culpou o repórter fotográfico por ter seu olho perfurado por uma bala de borracha, considerando que ele “se colocou em situação de risco” e não que a PM atirou contra ele, eximindo o Estado de qualquer responsabilidade pela ação de tropa que está sob seu comando.