As vésperas dos 85 anos da fundação da Rádio Inconfidência, os trabalhadores (jornalistas e radialistas) da emissora fazem nesta quinta-feira (2) uma greve de advertência contra o governo Romeu Zema e o comando da Empresa Mineira de Comunicação (EMC).
Só entrou no ar programas gravados e a AM está reproduzindo o conteúdo da FM por causa da paralisação, que conta com a adesão praticamente unânime dos trabalhadores que reinvindicam:
– Acesso ao Plano de Cargos e Salários (PCS) e a proposta de Lei de Carreira, mantidas a sete chaves pelo comando da emissora, apesar dos insistentes pedidos das entidades de classe para ter acesso ao seu teor;
– Tratamento igualitário entre concursados e comissionados, já que, em março do ano passado, o Comitê de Finanças (Cofin) da Secretaria da Fazenda aprovou a reposição do INPC de 2009 a 2020 para a diretoria e rejeitou a recomposição inflacionária, não paga desde 2019, apesar da vigência nesse período de um AcordoColetivo de Trabalho, para os trabalhadores concursados da emissora
– Transparência e diálogo, tão apregoados, mas pouco exercidas pelo comando da empresa.
– Discussão ampla nos conselhos e com a sociedade sobre o conteúdo editorial da emissora, que é pública e não estatal.
A comunicação é direito garantido na Constituição. Salário digno e transparência também.