Mohammed Baayou, chefe da Media Corporation estatal da Líbia, foi preso em 20 de outubro em Trípoli. A Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) junta-se às Nações Unidas (ONU) na condenação desta detenção ilegal e no apelo à sua libertação imediata.
De acordo com a Missão de Apoio da ONU na Líbia (UNSMIL), Baayou foi preso junto com seus dois filhos e o jornalista Hind Ammar, que recentemente foi nomeado chefe de programas do canal de TV Libya al-Wataniya. Seus filhos foram libertados logo após a prisão e Ammar dois dias depois, enquanto Baayou permanece preso.
Fotos postadas nas redes sociais supostamente mostram Bayouu dentro do quartel-general da Brigada Revolucionária de Trípoli, um poderoso grupo armado, de acordo com relatórios da AFP. A Brigada Revolucionária de Trípoli é aliada do reconhecido Governo de Acordo Nacional da ONU, que não comentou a prisão.
Desde que foi nomeado diretor da emissora estatal, Baayou introduziu diretrizes e políticas com o objetivo de reduzir o conteúdo odioso e a promoção da violência nas transmissões da mídia.
Em um comunicado divulgado em 22 de outubro, a ONU condenou a prisão como “ilegal” e apelou ao respeito pela liberdade de expressão e pelo Estado de direito. “Esta última rodada de prisões arbitrárias destaca os riscos pessoais que os jornalistas correm para promover o direito à liberdade de expressão na Líbia”, diz o comunicado da ONU.
O Secretário Geral da IFJ, Anthony Bellanger, disse: “A liberdade de imprensa e de expressão são cruciais para garantir uma transição democrática de sucesso na Líbia. A prisão ilegal de Mohammed Baayou mostra mais uma vez que mais trabalho deve ser feito na Líbia para garantir a proteção de jornalistas e trabalhadores da mídia. Pedimos a libertação imediata e incondicional de Baayou.