O jornalista Juca Kfouri, funcionário da Editora Abril de 1970 a 1995, juntou-se à campanha #AbrilRespeiteoSindicato, que aborda a importância da liberação sindical do presidente do SJSP, Paulo Zocchi, sem prejuízo dos vencimentos, para o exercício do mandato e o desempenho pleno das atividades ligadas à Presidência da entidade.
Kfouri lembrou que, no período em que trabalhou na empresa, dois jornalistas da Editora, Audálio Dantas e David de Moraes, foram eleitos como presidente do SJSP e, democraticamente, liberados pela empresa para cumprir seu mandato sindical e cuidar do Sindicato e dos problemas da categoria. O jornalista pede que os herdeiros da marca Editora Abril “tenham a grandeza, a dignidade, o espírito democrático de voltar atrás e permanecer permitindo que Paulo Zocchi exerça suas funções plenamente como presidente do nosso Sindicato dos Jornalistas.”
O depoimento do jornalista integra as ações da campanha #AbrilRespeiteoSindicato, que reivindica a manutenção da liberação do jornalista Paulo Zocchi para o exercício do mandato sindical, sem prejuízo de vencimentos e direitos, até o fim do atual mandato em agosto de 2021. A editora Abril convocou o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), Paulo Zocchi, a voltar ao trabalho na empresa a partir do último dia 30 de outubro, encerrando cinco anos de liberação sindical sem prejuízo dos vencimentos, que iniciou em 2015.
Ao convocar Paulo Zocchi de volta ao trabalho, a Editora Abril ataca o exercício do mandato sindical, uma vez que o cumprimento da jornada normal de trabalho impede o desempenho das atividades sindicais no SJSP.
O Sindicato dos Jornalistas é uma entidade de âmbito estadual, que representa uma categoria distribuída em dezenas de empresas. O exercício do mandato de presidente exige uma extensa atuação diária, em reuniões com os jornalistas, negociações com empresas, audiências judiciais ou com o Ministério Público, além de reuniões com outras entidades sindicais ou sociais em defesa dos interesses da categoria.
A própria Abril, aliás, reconhecia isso no acordo de liberação sindical, assinado pelas partes em 2015, no qual está escrito: “Considerando-se a solicitação da entidade sindical para a liberação do empregado para o exercício de suas atividades sindicais em período integral, vez que seriam incompatíveis com a manutenção de suas atividades profissionais na empresa”.
Assista, abaixo, o depoimento de Juca Kfouri.