O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiam as ameaças e as intimidações praticadas, na última segunda-feira, dia 9, contra os profissionais de imprensa da Baixada Santista.
Os profissionais acompanhavam a desmobilização dos acampamentos instalados próximos a unidades militares da região. Os acampamentos vinham sendo formados por indivíduos que ainda não aceitam o resultado das eleições presidenciais.
Por volta das 16 horas de segunda-feira, o repórter fotográfico do jornal A Tribuna, Matheus Tagé, foi ameaçado verbalmente por três homens que estavam no acampamento localizado em frente à Fortaleza de Itaipu, em Praia Grande. Um deles, inclusive, portava uma faca. O jornalista foi perseguido pelo trio até o local onde estava a viatura do jornal.
Na parte da manhã, uma equipe de reportagem da TV Santa Cecília foi hostilizada ao tentar registrar a desmobilização dos manifestantes próximos ao 2º Batalhão de Infantaria Leve (BIL), em São Vicente.
Equipes de reportagem da TV Thathi, afiliada da TV Bandeirantes, e da Record TV Litoral e Vale também foram alvos de intimidações das pessoas que estavam acampadas em frente a essa mesma unidade do Exército.
O SJSP e a Fenaj se solidarizam aos profissionais ameaçados e não vão tolerar nenhum tipo de violência contra os jornalistas, que se tornaram vítimas de intimidações e agressões ao longo dos últimos anos.
As ameaças representam uma afronta à liberdade no exercício do trabalho jornalístico e um grave atentado à democracia, que está sob ataque em nosso país.
Denúncias de violência, ameaças e cerceamento do livre exercício profissional podem ser feitas ao SJSP pelo telefone (11) 94540-0287.