A Federação de Jornalistas da América Latina e Caribe (Fepalc*) lamenta profundamente a morte de quatro jornalistas latino-americanos vítimas de coronavírus e permanece alerta ante os casos positivos que se encontram de maneira particular na República Dominicana.
A Fepalc expressa sua desolação pela morte do jornalista dominicano P.F., a primeira vítima do setor na América Latina e no Caribe, que serviu como correspondente do jornal vespertino El Nacional na cidade de São Francisco de Macorís, a 134 quilômetros da capital dominicana, onde está o maior foco da pandemia logo após o Grande Santo Domingo, segundo reportou o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP*).
A segunda vítima foi no Equador. A Federação Nacional dos Jornalistas do Equador (Fenape*) informou a Fepal que V.H.P., coordenador de correspondentes da cadeia Ecuavisa faleceu em Guayas em 27 de março após confirmar que estava infectado pelo vírus que tem gerado a pandemia mundial. O repórter O.M.T. da rádio Universal Guayaquil foi a terceira vítima.
A quarta também é da República Dominicana. A.V.H., membro da nossa organização afiliada, a SNTP, faleceu sábado 28 de março, após o teste ser positivo.
Oficialmente na República Dominicana já se confirmou pelo menos quatro jornalistas positivos para Covid-19, um repórter e um apresentador de notícias, ambos do segmento de televisão, o Canal 11, e dois assessores de comunicação, enquanto a esposa da primeira vítima espera o resultado do teste.
Também as esposas de dois fotojornalistas se encontram hospitalizadas ao dar positivo, enquanto eles se encontram em quarentena.
José Beato, secretário geral do SNTP da República Dominicana, expressou sua consternação pela rapidez com que os casos positivos se multiplicam entre os trabalhadores dos meios de comunicação, que tem sido expostos desnecessariamente durante a cobertura da crise sanitária.
Até a data deste informe, a Fepalc tem registrado casos positivos de jornalistas e trabalhadores de meios de comunicação no Panamá (1), Chile (1), enquanto várias centenas se encontram em toda a região em quarentena preventiva por ter estado em contato com pessoas que deram positivo para o vírus.
Diante desta situação, a Fepalc demanda aos governos e empresas jornalísticas adotem medidas de saúde extremas em convocações a coletivas de imprensa (distanciamento social), e facilite o acesso a instrumentos básicos de cuidado (máscaras e luvas por protocolo de alguns países), implementar de maneira imediata o teletrabalho nas redações e convidar os nossos colegas a fortalecer o autocuidado. Não há necessidade de expor nem sua integridade física nem de seus familiares. Observar todas as medidas de saúde e segurança no trabalho são fundamentais para preservar a vida.
América Latina e Caribe, 28 de março de 2020
FEDERACIÓN DE PERIODISTAS DE AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE (FEPALC)
Federación Nacional de Periodistas del Ecuador (FENAPE)
Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ)
Federación Colombiana de Periodistas (FECOLPER)
Sindicato Nacional de Periodistas de Costa Rica
Federación Nacional de Trabajadores de los Medios de Comunicación Social de Chile (FENATRAMCO)
Associations des Journalistes Haitiens (AJH)
Sindicato Nacional de Redactores de la Prensa de México (SNRP)
Sindicato de Periodistas de Panamá (SPP)
Sindicato de Periodistas del Paraguay (SPP)
Asociación Nacional de Periodistas del Perú (ANP)
Asociación de Prensa Uruguaya (APU)
Sindicato Nacional de Trabajadores de la Prensa de República Dominicana (SNTP)
Sindicato Nacional de Trabajadores de la Prensa de Venezuela (SNTP)
*siglas mantidas em espanhol
