Logo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo
Logo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
Logo da Federação Internacional de Jornalistas
Logo da Central Única dos Trabalhadores
Logo da Federação Nacional de Jornalistas

Israel assassinou 225 jornalistas palestinos(as) desde outubro de 2023, acusa Sindicato, e total de mortes em Gaza já ultrapassa 55 mil

Redação - SJSP

Na última quinta-feira, 5 de junho, o Sindicato dos Jornalistas Palestinos (PJS) denunciou mais um crime de guerra cometido por Israel: um ataque direto à tenda de imprensa instalada no interior do Hospital Al Ahli, no leste da Cidade de Gaza, também conhecido como Hospital Al-Maamadani ou “Hospital Batista”. “O ataque resultou na morte de três jornalistas e ferimentos graves em outros quatro”, diz o PJS. “O número de mortos entre jornalistas palestinos aumentou para 225 desde o início da agressão israelense na Faixa de Gaza — um número sem precedentes que reflete uma política deliberada e sistemática que visa silenciar a narrativa palestina e ocultar a verdade”.

O Sindicato solicitou ao Tribunal Penal Internacional (TPI) a abertura de uma investigação internacional independente para responsabilizar a ocupação israelense pelos crimes em curso contra jornalistas. Enfatizou que o ataque a jornalistas dentro de um hospital constitui uma grave violação do Direito Internacional Humanitário e das Convenções de Genebra.

Além disso, o Sindicato responsabilizou integralmente a Organização das Nações Unidas (ONU), seu Conselho de Segurança e outras organizações internacionais pela contínua perpetração desses crimes. O PJS pediu a todos os sindicatos internacionais de jornalistas e organizações de mídia que tomem posições claras e medidas legais, de mídia e diplomáticas concretas para garantir a responsabilização e expor as violações contínuas cometidas pela ocupação israelense contra profissionais de mídia palestinos.

A declaração concluiu reafirmando que os repetidos massacres israelenses não impedirão os jornalistas palestinos de cumprirem sua missão. “O jornalista palestino persistirá em transmitir a verdade, apesar de todas as tentativas de repressão”, sendo que “os mártires da imprensa não são meras estatísticas, mas símbolos duradouros de resistência e de uma consciência viva que jamais será silenciada”.

No ataque ao hospital foram assassinados os jornalistasSuleiman Hajjaj, correspondente do Palestine Today; Ismail Badah, cinegrafista do Palestine Today; e Samir Al-Rifai, da Agência de Notícias Shams. O jornalista Ahmed Qaljah, cinegrafista freelancer para a Al-Arabiya, ficou gravemente ferido em consequência do ataque, que também feriu outros três jornalistas, e posteriormente faleceu.

De acordo com a Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), pelo menos 18 jornalistas e trabalhadores de mídia foram assassinados pelo Exército de Israel desde que o governo de Benjamin Netanyahu rompeu o acordo de cessar-fogo. Em 28 de maio, Moataz Mohammad Rajab, um jornalista da Al-Quds Al-Youm TV que estava fazendo uma reportagem na cidade de Gaza, foi morto por um ataque aéreo que atingiu um carro civil perto dele. Em 25 de maio, Hassan Majdi Abu Warda, diretor da Agência de Notícias Barq Gaza, foi morto na manhã quando ocorreu um ataque aéreo israelense que teve como alvo sua casa no bairro de Jabalia al-Nazla, no norte de Gaza.

Em 17 de maio, o fotojornalista freelancer Aziz Al-Hajjar foi morto, juntamente com sua esposa e filhos, em Beit Al-Naaja, no norte de Gaza. No mesmo dia, o jornalista Abdul Rahman Tawfiq Al-Abadla, que trabalhava como repórter e fotógrafo freelancer, foi morto em um ataque aéreo israelense na cidade de Al-Qarara, no sul de Gaza.

Em 15 de maio, o jornalista Hassan Sammour, que trabalhava para a Rádio Al Aqsa Voice, foi morto em um ataque aéreo israelense em Khan Yunis, no sul de Gaza. No mesmo dia, o jornalista Ahmed al-Helou, da Quds News Network, foi morto em um ataque israelense em Khan Yunis. Em 13 de maio, o jornalista Hassan Aslih foi morto em um atentado israelense no Hospital Nasser, em Khan Yunis, no sul de Gaza. Aslih, chefe do veículo de notícias Alam24, estava internado no hospital para tratamento após ser ferido em um ataque israelense que atingiu a tenda de uma equipe de jornalistas em 7 de abril.

Em 7 de maio foram assassinados os jornalistas Yahya Subaih, em consequência de um bombardeio israelense no oeste da Cidade de Gaza, e Nour El-Din Abdo, que morreu no bombardeio israelense desfechado contra a Escola Al-Karama, no bairro de Al-Tuffah, no leste de Gaza.

Em 16 de abril, a fotojornalista freelancer Fatima Hassona perdeu a vida em um bombardeio israelense que atingiu sua casa na Cidade de Gaza. Em 8 de abril, o o jornalista Ahmed Mansour, que trabalhava para o Palestine Today, não resistiu aos ferimentos e queimaduras graves, um dia após um ataque aéreo israelense atingir uma tenda de trabalhadores da mídia em Khan Yunis, no sul de Gaza.

Em 7 de abril, o jornalista Hilmi Al Faqawi, que trabalhava para a Palestine TV, foi morto em um ataque aéreo israelense a uma tenda de trabalhadores da mídia, localizada ao lado do Hospital Al Nasser em Khan Yunis.

Em 24 de março, o jornalista Hossam Shabat, que trabalhava como colaborador da Al Jazeera Mubasher, foi morto quando um ataque aéreo israelense atingiu seu carro no campo de refugiados de Jabalia, no norte de Gaza. Mohammed Mansour, um jornalista do Palestine Today, perdeu a vida quando seu apartamento em Khan Yunis foi atingido.

O número oficial de vítimas fatais em Gaza desde outubro de 2023 já chegou a 55 mil, com número de pessoas feridas estimado em 126 mil, segundo o Ministério da Saúde.

Jornalistas Aziz Al-Hajjar, Abdul Rahman Tawfiq Al-Abadla, Noor Qandil e Khaled Abu Seif assassinados por Israel em 17 de maio de 2025

veja também

relacionadas

mais lidas

Ir para o conteúdo