Empresa provoca desemprego em massa ao demitir aproximadamente 250 gráficos e 50 trabalhadores administrativos
A Editora Abril comunicou, em meados de dezembro, ao Sindicato dos Gráficos de São Paulo que fechará a gráfica da empresa em janeiro, encerrando definitivamente essas atividades. A iniciativa tem como consequência a demissão de aproximadamente 250 trabalhadores gráficos e 50 administrativos vinculados à operação da gráfica.
O fechamento estava previsto como uma possibilidade desde a definição do processo de recuperação judicial da Abril, com a entrega do prédio na Marginal Tietê, que abriga o parque gráfico. A partir do ano que vem, todas as revistas da editora passarão a ser impressas em gráficas terceirizadas, o que já ocorre há algum tempo com parte das publicações da Abril.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) desde o início se opôs ao desmonte da empresa e às demissões em massa que esse processo tem provocado. Com relação às dispensas anunciadas para janeiro, hipotecou solidariedade aos trabalhadores gráficos e expressou a disposição de atuar conjuntamente com o Sindicato dos Gráficos em ações de mobilização e protesto, inclusive na porta da empresa, o que, infelizmente, acabou não acontecendo.