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EBC em Greve: Trabalhadores param frente à intransigência da empresa

EBC em Greve: Trabalhadores param frente à intransigência da empresa

SJSP deu apoio aos trabalhadores da EBC que cruzaram os braços a partir desta sexta-feira (26)

Desde às 0h desta sexta-feira (26), jornalistas e radialistas da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) estão de braços cruzados. O motivo é a intransigência da empresa que se nega a negociar o Acordo Coletivo de Trabalho desde novembro de 2020. De lá pra cá, a empresa se recusou a negociar com o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e anunciou o fim do acordo, mantendo apenas direitos previstos na CLT e em normas internas, que podem ser alteradas a qualquer momento.

A paralisação envolve trabalhadores das três praças da empresa: São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.

Trabalhadores manifestaram-se contra a retirada de direitos na EBC em Brasília nesta sexta-feira (26)

Para apoiar seus representados, o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) esteve presente na sede da EBC São Paulo na manhã desta sexta-feira (26) manifestando apoio incondicional à luta pela manutenção dos direitos. O presidente da entidade, Thiago Tanji, destacou que a paralisação dos trabalhadores não é apenas justa como necessária. “Essa última medida da empresa em suspender cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho, que vem sendo negociado a tanto tempo, mostra não só uma atitude de intransigência como uma violência explícita aos trabalhadores, então a resposta tem que ser coletiva e se dá por meio de uma greve por tempo indeterminado. A gente soma esforços junto aos companheiros da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e do Sindicato dos Radialistas e vamos cruzar os braços e dar esse apoio até que se consiga colocar pressão, reconquistar a ACT e avançar naquilo que é minimamente justo, que é a recomposição dos salários”, disse o jornalista.

Márcio Garoni, diretor da Fenaj e funcionário da EBC, reclama da resposta dada pela empresa ao pleito dos trabalhadores, que foi a retirada de direitos. A reivindicação dos trabalhadores, segundo ele, é mínima e inclui a recuperação das perdas salariais, a manutenção do acordo coletivo e a regulação do teletrabalho. Garoni afirma que a negociação se arrasta há mais de um ano sem avanços e, por isso, os trabalhadores decidiram por entrar em greve. “A gente decidiu iniciar a greve por tempo indeterminado para que, de fato, a empresa possa negociar e a gente possa ter o mínimo, que é o reajuste correspondente às perdas salariais. A empresa alega que não pode aumentar gastos na pandemia, mas comprou novela da Record, gastou com a contratação de funcionários comissionados, economizou com o teletrabalho de muitos funcionários que passaram a ter que tirar do bolso para despesas como energia”, apontou.

No Rio de Janeiro, trabalhadores em greve exigiram dignidade

Para Nadir Jacob, diretor do Sindicato dos Radialistas, os trabalhadores estão engajados na luta pelos seus direitos: “Esse governo Bolsonaro só quer retirar os direitos e a diretoria que está no comando da EBC é parte deste governo que está retirando direitos e os trabalhadores estão engajados em lutar para permanecer, pelo menos, com os seus direitos já conquistados”.

Os trabalhadores são representados pelos sindicatos dos jornalistas em São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal e pelos sindicatos dos radialistas em São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.

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