Nesta quinta-feira (28/6), a diretora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, Fernanda Soares, da Regional Vale do Paraíba, recebeu o Prêmio Beth Lobo de Direitos Humanos das Mulheres. O motivo da premiação foi sua ação em defesa dos moradores do Pinheirinho, bairro de São José dos Campos, no interior pauilista, que foi motivo de reportagem assinada por ela no jornal Unidade, órgão oficial da entidade. O prêmio também homenageou à ex-militante do PCdoB, Maria Lúcia Petit, morta no Araguaia em 1972.
A premiação ocorreu na Alesp e outras quarto jornalistas, que também cobriram, em janeiro último, a bárbara ação de desocupação do Pinheirinho, foram homenageadas. São elas: Conceição Lemes (site Viomundo); Lúcia Rodrigues (Rede Brasil Atual); Laura Capriglione e Marlene Bérgamo (Folha de S. Paulo).
O deputado Adriano Diogo, autor da proposta do prêmio, explicou que o objetivo é reconhecer e valorizar o trabalho de pessoas, entidades e movimentos sociais que lutam pela defesa dos direitos humanos das mulheres e enfrentamento a violência contra as mulheres. O prêmio, que está em sua prêmio edição, será outorgado anualmente a pessoa, entidade ou movimento social que se destacar por sua atuação em defesa dos direitos humanos das mulheres e enfrentamento à violência contra as mulheres.
Analu Faria, Marcha Mundial das Mulheres, falou da importância de Beth Lobo na luta pelos direitos das mulheres e que, mesmo 21 anos após sua morte, seus pensamentos continuam atuais. “Beth construiu sua vida e sua militância com coerência”, explicou Analu.
Na cerimônia de premiação, o prêmio que homenageia Maria Lúcia Petit, por toda sua luta e dedicação aos direitos das mulheres foi entregue a sua irmã Laura Petit, que também tem outros dois irmãos, Jaime e Lúcio, também desaparecidos políticos.
“A falta que eles fazem não é só nas nossas vidas, na nossa família, mas também ao país, por eles tinham um projeto para este país e com suas vidas interrompidas deixaram de dar uma contribuição valiosa”, disse Laura. Ela enfatizou, também, que “a sociedade quer saber a verdade, os parentes precisam receber os corpos para um sepultamento digno e os responsáveis (os executores) têm que ser julgados por seus atos”.
Várias amigas de Maria Lúcia Petit, entre elas Crimeia e Amelinha, ex-integrantes da guerrilha do Araguaia e da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos, estiveram presentes na homenagem.
Na foto, Fernanda (direita) com a vereadora de São José dos Campos, Amélia Naomi (PT)
Com informações do PTALESP
Foto: ALESP