Logo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo
Logo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
Logo da Federação Internacional de Jornalistas
Logo da Central Única dos Trabalhadores
Logo da Federação Nacional de Jornalistas

Desemprego é maior entre jovens, mulheres e negros. ‘Subemprego dispara’, diz CUT

Desemprego é maior entre jovens, mulheres e negros. 'Subemprego dispara', diz CUT


Taxa, de 13% na média, dobra entre trabalhadores de 18 a 24 anos. E cresce para pessoas com menos escolaridade. Para Vagner Freitas, presidente da CUT, “Temer e os patrões devem estar felizes”


Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados hoje (17) pelo IBGE, retratam a situação ruim do mercado de trabalho e a desigualdade no país. As taxas de desemprego são maiores na região Nordeste e entre trabalhadores jovens e negros, mulheres e pessoas com menos escolaridade.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, afirma em seu blog que o total de trabalhadores subempregados aumentou aumentou de 5,2 milhões para 5,8 milhões. E oque total da força de trabalho subutilizada – que inclui desempregados, subempregados e a força de trabalho potencial (pessoas que não procuram empregos) – chegou a 26,3 milhões de pessoas no mesmo período. Os dados se referem ao segundo trimestre do ano.

“Temer e os patrões devem estar felizes, eles queriam isso mesmo, tirar direitos e jogar a classe trabalhadora no subemprego, na miséria. Foi para isso que aprovaram o desmonte da CLT, que eles chamaram de reforma Trabalhista”, afirma o sindicalista. “Os dados da tragédia brasileira, são a maior comprovação de que o governo golpista e ilegítimo de Temer legalizou o bico. É o fim do contrato de trabalho formal, da carteira assinada, dos direitos.”

A média nacional no período de abril a junho, segundo já havia divulgado o IBGE, foi de 13%, um pouco abaixo do período encerrado em março (13,7%) e bem acima de igual período do ano passado (11,3%). A estimativa é de 13,486 milhões de desempregados. Entre as regiões, as taxas variam de 8,4% (Sul) a 15,8% (Nordeste), atingindo 10,6% no Centro-Oeste, 12,5% no Norte 13,6% no Sudeste.

Os estados com maior índice são Pernambuco (18,8%) e Alagoas (17,7%). As menores taxas foram registradas em Santa Catarina (7,5%), Rio Grande do Sul (8,4%) e Mato Grosso (8,6%). Em São Paulo, ficou em 13,5%. “Nos estados onde houve aumento da desocupação, não foram geradas vagas suficientes para dar conta do crescimento da procura pelo emprego”, diz o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.

Nos grupos de pessoas de 14 a 17 anos e de 18 a 24 anos, as taxas de desemprego são de 43% e de 27,3%, respectivamente. Esse segundo grupo concentrava 32% dos desempregados do país. A maior parcela era da faixa de 25 a 39 anos (35,1%).

Entre as pessoas que se declararam brancas, o índice fica abaixo da média nacional (10,3%) e sobe para 15,8% entre pretos e 15,1% entre pardos, conforme a classificação do instituto. O desemprego vai a 11,5% para os homens e a 14,9% para mulheres.

No recorte por escolaridade, a taxa de desemprego para pessoas com nível superior completo foi de 6,4%, subindo para 14% entre aqueles com superior incompleto. Aumenta ainda mais para quem tem ensino médio incompleto: 21,8%.

A chamada subutilização da força de trabalho, que incluem pessoas com insuficiência de horas trabalhadas, foi de 23,8% no segundo trimestre (26,3 milhões), variando de 14,7% (região Sul) a 34,9% (Nordeste). Os estados com maior índice são Piauí (38,6%), Bahia (37,9%) e Maranhão (37,7%). Os menores são de Santa Catarina (10,7%), Mato Grosso (13,5%) e Paraná (15,9%).

O IBGE estima em 90,236 milhões o número de ocupados no país, sendo 68% empregados, 4,6% empregadores, 24,9% trabalhadores por conta própria e 2,4% no chamado trabalho familiar auxiliar. A participação de trabalhadores por conta própria cresce no Norte (31,8%) e no Nordeste (29,8%).

Apenas no setor privado, 75,8% dos empregados tinham carteira assinada – eram 33,331 milhões. O percentual diminui para 60,8% no Nordeste e para 59% na região Norte. Entre os trabalhadores domésticos (6,104 milhões), 30,6% tinham registro.

O rendimento médio (R$ 2.104) e a massa de rendimentos (R$ 185,1 bilhões) ficaram estáveis no segundo trimestre.

Leia mais:

Desemprego cede no segundo trimestre, mas segue em nível elevado

Escrito por: Redação – Rede Brasil Atual
Foto: Pedro Ventura/Fotos Públicas (18/08/2017)

veja também

relacionadas

mais lidas

Pular para o conteúdo